Encontro em São Luís fortalece o coletivo Nordeste II

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Enquanto a tarde caía no lindo mar de São Luís no Maranhão, os consultores do Nordeste II se reuniam buscando afinar as ideias que dariam suporte para o acolhimento das diversas expectativas que seriam trazidas pelos participantes dos quatro estados que compõem o coletivo da região.

No dia seguinte, as representações das coordenações de humanização das SES e SMS/Capitais e convidados engajados na implementação da PNH no Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão, destacaram, em suas falas, os desejos que deram os tons do encontro: “fazer de novo, de novo e quantas vezes for preciso”, “buscar novos caminhos”, “juntar forças para sair do lugar”, “potência para continuar”, “contagiar outros companheiros”.  Começamos, assim, a vivenciar, no concreto, a criação de um coletivo regional que visa refletir acerca da realidade local na construção de caminhos para o fortalecimento da política de humanização; um espaço que possibilitará o estreitamento das relações político-institucionais entre coordenação regional, consultores da PNH e os apoiadores desse processo. O momento nos pareceu ímpar para o conhecimento das distintas realidades político-institucionais da PNH em cada estado no que diz respeito ao planejamento e registro de ações que contribuirão com a consolidação da política.

A querida companheira Liane Righi, consultora da PNH, fez valer a citação de Leminski  dizendo que quem vem de fora, não vem dizer como fazer: vem “escrever à margem”. Assim, “escrevendo à margem e nas entrelinhas, Liane fez sua fala ampliando o espaço e tornando possível a nova escrita. Disparou um debate aquecedor sobre a temática das redes de saúde e a função apoio na interface com as experimentações da PNH nos territórios do SUS. Momento considerado pelos participantes como “desafiador, potencializador e produtor de alegrias”.
Experiências de cada estado foram apresentadas na manhã do segundo dia do encontro. Os diferentes modos de fazer, os desvios necessários e as invenções que surgem provocando movimento em cada lugar, juntaram-se às pactuações e despertaram novas falas:
 “É preciso fazer movimentos de resistência, não se curvar; ter a agenda da PNH colada à agenda do SUS”
“Potencializar os coletivos é a via de saída para a crise vivenciada no SUS”

Retornamos, ainda avaliando o encontro e carregando muitas inquietações e incertezas, mas  relembrando que é preciso "pescar luz caída" como diria Neruda.

   Acácia, Sheylla e Jacqueline