“Sou a BEIRA. Estou lá, estou cá, Estou em todo lugar…”

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Rejane Guedes 03/03/2011

 

 

Para trazer à cena da RHS mais aspectos das desigualdades sociais, peço licença para transformar um comentário em post, apresentando o documentário ESTAMIRA, produzido por Marcos Prado em 2006, aqui no Brasil.

Estamira mexe com nossas formas costumeiras (e "consumeiras") de ver e lidar com o mundo.

https://www.youtube.com/watch?v=v9ik-M5k0K4

Segundo Estamira: – Isso é que é o PODER. Isso é que é o REAL…

https://www.youtube.com/watch?v=rppyIapxbIU&feature=related

Estamira: "- EU sou a VISÃO de cada UM."

https://www.youtube.com/watch?v=MQ9UavYxLXc&feature=related

Quem não conhece o filme, prepare-se para fortes emoções , que expõem ‘alguns’ aspectos que escondemos de nós mesmos.

Relembrando mais uma frase da sábia catadora de lixo: "-Não existe inocentes… Existem espertos, ao contrário…"

Saudações "Estamíricas"…

Re.j.e

OBS:

Esse post foi ‘instigado’ por um comentário no post do Erasmo Ruiz:  https://redehumanizasus.net/11691-a-novidade-do-carnaval#comments

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12 Comentários

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Por patrinutri

 Já faz algum tempo que conheci Estamira, esta pessoa intensa e verdadeira.

Não podemos passar por ela sem deixá-la provocar reviravoltas interiores.

Neste mundo tão seu, nos mostra que verdades absolutas não existem e que nosso olhar constroi o nosso entorno.

Grande post amiga!

Bjs Pat 

    Por Rejane Guedes

    Querendo saber notícias da Estamira, encontro uma matéria com o autor do vídeo e seleciono o seguinte:

    https://revistatpm.uol.com.br/56/estamira/02.htm

    REVISTA: Como está Estamira hoje?
    Marcos Prado. Ela está tomando muito remédio, mais dopada, perdeu aquele ímpeto de quando o filme foi feito. Quando eu me encontrava com ela era muito gratificante. Fomos criando uma amizade, falo com ela duas, três vezes por semana. Cuido de todas as maneiras que eu posso, ela não mora mais naquele barraco, tem uma casinha sendo construída. Minha vida mudou tanto, respirar e viver tudo aquilo, que eu não poderia me desligar.

    O que ela achou do filme? Ela foi a primeira pessoa a ver e falou: “Marcos, tem vezes em que eu não me reconheço, mas eu sei que veio de mim, então acredito. Te dei a missão de revelar minha missão. Então não vou falar pra tirar ou colocar nada. Se você acha que é isso, é isso”. Eu entrei numa crise de consciência, achei que tinha de ser mais cuidadoso. E tirei várias coisas. Quando passei o filme em São Paulo dois anos atrás, não havia a parte em que ela briga com o neto. Mas depois pensei: “Não posso santificar a Estamira. Só colocar as coisas mágicas, poéticas. Ela não é só isso”. Então, voltei com os esporros, os filhos, o neto, a exposição toda…

     

    Por Rejane Guedes

    Querida Iza.

    Tenho a impressão de que você aproveitará muito do que a Estamira traz em suas aparições na tela. O mais interessante, pelo menos para mim, é perceber suas ‘mutações’ ao longo dos meses e o efeito dos medicamentos em sua vida.

    O cineasta captou cenas de chocante beleza.

    ‘Deguste’ cada cena sem pressa e descobrirás o banquete de imagens, sons e pensamentos que estão expressos de forma contundente e nas entre-linhas (ou entre-palavras) do que é dito por ela e pelos demais protagonistas.

    Compartilharemos impressões em outras ocasiões.

    Saudações ‘sabáticas’. Re.j.e

    Por Shirley Monteiro

      Iza,

      Eu vi duas vezes. O filme é forte e dolorido, mas sobretudo é belo.

      A preciosidade do filme é mostrar a sabedoria da Estamira, em meio a sua "loucura" plena de  uma lucidez  multidimensional, que alguns não conseguem entender … ´e  triste pela sua solidão …

     é belo na cena em que ela  brinca livre quando se encontra com o Mar, nessa hora eu chorei muito, muito mesmo.  Quero imaginar que ela esteja assim agora, no encontro com o Mar…

Por Mércia Estácio

Nós e as nossas coincidências…. Na última semana exibimos para a turma do TPICS/EEN/UFRN, o filme Estamira, com o propósito de discutir os conceitos de transcedência e imanência, nem é preciso falar que o assunto deu pano pra manga e a discussão vai continuar depois do carnaval. Mas acessando o site com outra intenção (estou pesquisando material para a disciplina Saúde e Sociedade, em Gestão Hospitalar) me deparo com a notícia que fiquei procurando por dias, se Estamira estaria ainda viva, e claro por coincidência, ligação ou sei lá o que vc me deu essa resposta…adorei!! É claro que recomendo o filme pois ele é intenso, forte, hilário e maravilhoso.

Bjs

Mércia

    Por Rejane Guedes

    Querida Mércia.

    Que alegria te encontrar por aqui.

    Traga suas experiências com o brincar na infância e outros temas na forma de post. Se precisar de ajuda estamos por aqui.

    Saudações nutritivas. Rejane.

    Por Cláudia Matthes

    mas, naum morreu a lembrança, não apagou a memória de quem viu o filme, quem se infiltrou na dor;…quem se colocou no papel, quem

    assistiu a dor.

    Morreu Estamira…mas, não morreu nem o amor ou mesmo a dor.

    Estamira o afeto não estancou.

    Estamira, desejo a paz.

    Claudia Peju

      Por Rejane Guedes

      Pois é, Claudinha.

      A Estamira , assim como partes de nossos Nós (pois somos EUS múltiplos), vivia na paz do olho de um furacão. Transitava por seus pensamentos, destemperamentos, insights, magia e sua força criativa, mas tudo isso acontecia entre as paredes de um imenso furacão que muitas vezes a consumia.

      Os ‘urros’ do furacão estão bem representados naquela cena em que ela parece querer controlar a tempestade. Parecia um ‘duelo de titãs’.

      Outra cena que mostra mais uma ‘parede/jaula’ é aquela na qual ela vai à Unidade de saúde receber os medicamentos. Ao chegar em casa ela se revolta contra a medicalização de sua vida, mas em cenas seguintes surge uma Estamira visivelmente sob o efeito da sedação, da impregnação de misturas químicas que a tornavam mais debilitada. Li que ela ficou internada pelas complicações do diabetes.

      A história está bem VIVA, apesar da morte dessa mulher que disse muito daquilo que gostaríamos de dizer.

      Sigamos nesse barco. Rejane.

    Por Rejane Guedes

    Iza,

    Permita-me citar na íntegra: 

    "Tem o infinito, tem o além, tem o além dos além. O além dos além é um transbordo. Você sabe o que é um transbordo? Bem… tudo que enche transborda…" Estamira

    Desconfio que o título de MUSA para a indomável Estamira provocaria sua ira. Ela ‘chamaria’ a tempestade e devastaria tudo! Risos!

    A força Estamiriana está em cada um e em tod@s. Somos invólucros de algo maior que aquilo que costumamos querer pensar que somos. Ao mesmo tempo somos um aglomerado de ‘Nada cósmico’… Micro e macromundos que se confundem, se reinventam, se transformam…

    Me divirto com as expressões que podemos criar com as frases do filme. Ela usava o termo ‘trocadilho’ quando se referia ao ‘lado obscuro’ da força.

    Uma personagem muito viva que ainda nos acompanhará pelas jornadas nos interstícios do dia e da noite.

    Grande abraço direto da plataforma de meu pensar em vôos cada vez mais perigosos e mergulhos cada vez mais arriscados. Re.j.e