INCLUSÃO DAS AÇOES DE SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA

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   A escolha da inclusão das ações de saúde mental na atenção básica se deve, em primeiro lugar por uma questão abordada dentro da disciplina de Psicologia da Saúde, ministrada pelo professor Douglas, e pelo interesse em conhecer o desenvolvimento da estratégia da saúde da família, nos últimos anos e dos novos serviços substitutivos em saúde mental- especialmente no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)- de acordo com o progresso da política do SUS, do MS.

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), dentro da atual política de saúde mental do Ministério da Saúde (MS), são considerados dispositivos estratégicos para a organização da rede de atenção em saúde mental. Eles devem ser territorializados, ou seja, devem estar circunscritos no espaço de convívio social daqueles que o freqüentam, resgatando as potencialidades de recursos comunitários à sua volta. A reinserção social pode se dar a partir do CAPS mas sempre em direção da comunidade.

O CAPS não é o único tipo de serviço de atenção em saúde mental, que deve incluir uma rede de cuidados, como: a atenção básica, as residências terapêuticas, os laboratórios, os centros de convivência, os clubes de lazer, entre outros.

Toda e qualquer doença apresenta um componente subjetivo de sofrimento que as vezes impede a adesão de práticas preventivas ou de vida mais saudáveis. As ações de saúde mental na atenção básica estão subordinadas a um modelo de rede circunscritas a um limite territorial desta comunidade, com uma atuação transversal proporcionadas por outras políticas específicas visando ao estabelecimento de vínculos e acolhimentos.Para que estas ações sejam fundamentadas nos princípios do SUS e da reforma psiquiátrica, a articulação entre saúde mental e atenção básica deve obedecer os seguintes princípios:  

         noção de território;

         organização da atenção à saúde mental em rede;

         intersetorialidade;

         reabilitação psicossocial;

         multiprofissionalidade/interdisciplinaridade;

         desinstitucionalização;

         promoção da cidadania dos usuários;

         construção da autonomia possível de usuários e familiares.

       Na organização das ações de saúde mental na atenção básica, não basta a lógica do encaminhamento do paciente para resolução de problemas de saúde é necessário a responsabilidade compartilhada da equipe, com a autonomia para tomar as decisões necessárias.Nesse sentido, será sempre importante e necessária a articulação da saúde mental com a atenção básica.