Os Estradeiros dizem adeus…
à D. Jurandi
Que tanto nos inspirou com sua presença intensa!
Sempre alegre alegre alegre
Foi a pessoa que puxou toda essa história de viajar…
Incentivou, pintou e bordou!
Abriu a conta corrente onde depositamos os tais 5,00
Junto com a D. Celi revolucionou,
apostou na estrada para viver viver viver
E, no sábado dia 29/10, ela morreu.
Ouvi da filha, no telefone:
"A mãe sempre foi muito alegre né…
Tristeza não combinava com ela."
A Jurandi era assim, gigante,
amiga, risonha, faceira!
Passou por momentos difíceis na vida,
mas sempre sobrava um sorriso.
Uma pessoa linda que encantou
nossos dias de grupo…
Participou em Cruz Alta/RS no fórum sobre a PNH,
e na SMS de São Sepé, como defensora do SUS,
misturada aos trabalhadores de saúde,
representou os usuários…
A emoção da nossa primeira viagem esteve
na cara, ou melhor,
no corpo todo…
Nessa viagem ela disse que estava se sentindo ainda
diferente… não conseguia comer como antes,
enjoava até o que mais gostava.
Continuava participando…
Aqui, ela foi minha amiga secreta no fim do ano passado…
Já estava fazendo alguns exames,
que nada mostravam…
nada mostravam…
Dois médicos acompanhavam.
Nós acompanhávamos…
Ela começou a faltar aos encontros e
pelo telefone dava notícias.
Encaminhamos para especialista…
A fila
A espera
A demora
Os filhos se juntaram e pagaram particular.
Espera,
biópsia,
câncer.
7 meses assim…
Com sorriso no rosto,
e quando chegou a notícia,
eram só 3 meses…
Não levou esse tempo.
Foi menos.
Ela aceitou, quis ficar em casa.
Vez ou outra indo ao hospital para nutrir o corpo
em despedida…
Não imaginamos outra Jurandi, senão esta,
que abana os braços e sorri…
E tivemos um último almoço em julho…
Na sítio do meu pai,
roubamos ela de casa e fizemos a surpresa ao grupo.
Ela almoçou e poucas de nós sabíamos que era despedida…
Inclusive ela, que fez questão de ir.
Certamente, a Jurandi está em nós,
na mistura que a amizade, o convívio nos proporcionou.
Com amor…
De todo nosso grupo, a Jurandi * * *Vive* * *!
* * * * * * *
Um pouco dessas histórias aqui:
redehumanizasus.net/11612-estradeiros-grupo-de-saude
Por Rejane Guedes
Bem que poderíamos sugerir aos que partiram que nos dessem NOTICIAS DO MUNDO DE LÁ!
Mas, desconfio que o mundo de lá , talvez ,seja o AQUI. O AGORA.
A partida é dolorosa, mas a certeza de que cada momento foi vivido com alegria, promove alento e unguento para as feridas que sangram e doem.
O trem que chega é o mesmo trem da partida.
Abraço solidário. Rejane