Angelina e diabetes: a visão da família da paciente

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Há alguns meses postei aqui a experiência da pequena Pamela, seu diagnóstico de Diabetes e a estratégia de usarmos uma boneca para tentar diminuir a resistência da criança ao tratamento com insulina. Porém, meu relato trazia o meu ponto de vista sobre o processo. Pedi que a mãe da Pamela escrevesse sua visão sobre tudo o que passaram. Segue o relato dela:

"No dia 15 de outubro de 2009 poucos dias após ela completar 3 aninhos começou uma situação estranha. Ela sentia muita sede bebia cerca de 2 litros de água por dia e fazia muito xixi. Emagreceu 5 kilos em 15 dias e chorava demasiadamente. Percebi que não era normal e comecei a pesquisar sobre os sintomas na internet. A primeira palavra que apareceu foi "Diabetes". Não tinha a menor noção do que realmente era somente sabia que se tratava de quantidade de açúcar no sangue. Aí descobri que era algo "GRAVE" se não fosse tratado logo. Fui então na farmácia fazer um exame de glicemia. Veio a resposta, com  horas em jejum ela estava com  de glicemia. Me apavorei achei que o mundo ia desabar, até por falta de informação. Procuramos o postinho e ele nos encaminhou para endocrinologista. Fomos muito bem instruídas já logo na primeira consulta. Aí percebi que dali em diante para que ela pudesse ter uma vida próxima do normal eu teria que além de ser mãe teria que ser enfermeira. O 1º passo foi tira-la da escolinha e graças a Deus e a boa vontade da avó que passou a ser babá 18hs por dia da Pamela. Além de tudo tive que aprender a aplicar insulina. O problema é que ela não aceitou de forma alguma, eu chorei muitas vezes por ter que aplicar nela sem ela deixar. Tinhamos que segura-la com muita força porque ela resistia muito. Todos nos dedicamos a procurar a melhor forma de aplicação. Graças a Deus existem pessoas que nos ajudam de coração, se dedicam de verdade e encontramos isso na FURB. Pessoas como a enfermeira Tati. Ela inventou uma boneca diabética que precisava de insulina. Tudo muito bem feito com muito amor. A Pamela ganhou essa boneca da Tati e passou a tomar conta dela, aplicava insulina nela cada vez que tomava a sua. E isso foi ajudando muito ela passou a aceitar melhor suas aplicações pois ela tinha que passar coragem e segurança para sua boneca. Depois disso tudo deram a ela duas canetas de aplicação que ajudou mais ainda pois sua boneca Angelina também ganhou uma. Claro que as vezes ela ainda reclama, faz manha porque apesar de tudo ela ainda é uma criança de apenas 4 anos. No mais ela aceita os produtos diet e os integrais numa boa. Não aceita nada de outras pessoas nem mesmo bala, sem saber se é diet. Temos conseguido com ajuda da equipe da FURB todos os médicos necessários para o acompanhamento dela. Todos nós mãe, pai, avós, tios e tias enfim a família inteira lutamos e rezamos muitos para que um dia aconteça a cura. Mas enquanto isso não acontece, vamos levando da melhor maneira possível. O que tem nos ajudado muito também, são as palestras pois aprendemos cada vez mais. J.B.C – 06 de junho de 2012."

 

Tati Caetanowink