Rede tecitura coletiva!

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Toda rede pressupõe uma tessitura, um entrelaçamento que se faz durante o processo. As redes sociais são encontros dos sujeitos numa relação de pontos comuns que se organizam buscando alcançar objetivos traçados coletivamente, que por sua vez relacionam-se transversalmente com outros coletivos. 

A HUMANIZAÇÃO pressupõe efetivamente a dimensão subjetiva da atenção e da gestão do SUS onde os atores envolvidos dialogam e transformam a realidade do sistema de saúde. Ou seja usuários, trabalhadores e gestores a um só tempo e por consenso promovem a efetivação das ações de prevenção e cuidado da saúde pública.

Nesta linha de raciocínio temos nas redes sociais, isto é nos indivíduos na condição de usuários do SUS organizados em movimentos sociais para conquistas de novos direitos ou garantia dos que já foram legitimados pela sociedade, uma relação de controle da rede de saúde, ao mesmo tempo em que são sujeitos implicados no processo, que detém um saber significativo e por isso podem contribuir para melhorias deste sistema que reverterá em um bem coletivo.

Aliança é a relação preponderante entre redes sociais e humanização, entendendo que todas as partes envolvidas devem contribuir para a construção coletiva do SUS. Aliança não só como um acordo selado entre partes que exercem diferentes posições na relação, mas no sentido de união de forças por uma luta comum para a construção de um bem social, ou ainda de co responsabilidade dos envolvidos no processo de atenção e gestão da saúde.

Esta aliança dá-se sob a ótica de perspectivas diferentes, seja na função exercida no processo, bem como no conhecimento de mundo e na vivência individual.

Assim a relação que se estabelece entre HUMANIZAÇÃO e REDES SOCIAS é complexa e ao mesmo tempo complementar e imprescindível para alcançarmos a efetivação dos princípios do SUS.

Aí vai um desafio, de que outros aspectos da rede podemos falar estando em rede? Metalinguagem pura!

Patrícia S. C. Silva

Blumenau SC