Desnudar-se

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Estou fascinado pelas novas possibilidades colocadas pela rede humanizasus. O primeiro olhar indica inúmeras formas de utilização dessa potente ferramenta. Mas, talvez, a gente ainda não tenha percebido algo maravilhoso e que implicará na construção de uma espécie de maturidade coletiva. Até o momento nossas avaliações tem sido um tanto “endógenas”. Nossos consensos e discordâncias acabam meio que nascendo e morrendo no coleivo.

Agora, nossas discussões perpassarão outros olhares. Nossos trabalhos serão avaliados criticamente a partir também daqueles que fazem parte ativa dos processos onde nós estamos atuando e mais aqueles que os percebem de longe. Isso significa que, de certa forma, estaremos nos “desnudando”.

Talvez a parte mais difícil da parendizagem de um ator seja o despir-se em público, laboratório tenso pois estamos acostumados a perceber no “despir-se” um ato de intensa intimidade onde expomos nossa vulnerabildade para paceiro(a)s porque constituímos uma relação de  confiabilidade.

Hoje estamos nos despindo a incomensurável comunidade de usuários e trabalhadores do SUS. Significa dizer enão que estaremos colocando nossas vaidades a prova. De agora em diante os nossos parceiros terão a percepção de suas vozes – dissonantes ou não com relação ao nossos desejos – claramente postas a nós e ao mundo. Shakespeare pelo seu “Mercador de Veneza” já nos alertava que cada um de nós é um personagem nesse palco imenso chamado mundo.

Agora, chegou a hora de nos despirmos, de perceber que a platéia não ficará só assistindo e/ou participando em pequenos grupos. O palco ganhará a dimensão do mundo…a platéia é o SUS e todo mundo tem que subir nesse palco….e nós temos que atuar mais adentro ainda da platéia.

Grande abraço a tod@as @s companheir@s

ERASMO MIESSA RUIZ Coord da PNH Nordeste II