Ouço o rumor de águas límpidas.
Rumor de águas há muito desejado.
O enfado de caminhar lado a lado,
Pensando em produzir um cuidado,
Sem ter um braço aberto a acolher,
O usuário, que traz calado
O sintoma que dá o que fazer, coitado!
Grita pelo saber profissional
Carregado de humanização.
No encontro permeado de medo,
Aprendo, não tão cedo mas em tempo:
A PNH faz a verdadeira transformação.
A felicidade de saber que há outros olhos
Olhando conosco na mesma direção.
Na direção do eco carregado de dores,
Uma demanda que interpretada pelos trabalhadores,
Vira necessidade, depois de atenta escuta.
Usuários, trabalhadores, gestores vinculados.
A transversalidade, e outros princípios adotados,
Os sujeitos, flores desabrochando,
Embelezando os vários Brasis,
Consolidando o verdadeiro SUS em nosso país.
Tenho sede, grita o SUS! Dá-me de beber
Da água que à cura me conduz.
Por favor, senhor médico,
Não me dê mais remédio com reações adversas.
Dê-me um olhar que seja, em nossas conversas.
O sentido do verdadeiro cuidado e do “como fazer”,
Aprenderei aqui, nesta rede de amigos, que
A cada dia me ensina e convence:
Humanizar o nosso trabalho é saber que:
O centro é um lugar bem longe do nosso umbigo.
