Catarse

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   A PNH tem me ensinado perguntar qual é encomenda?
   Quando fomos selecionados para os cargos que ocupamos atualmente, para o serviço público a encomenda era: psicólogo com toda uma bela descrição de cargo tão bem fundamentadas por qualquer Universidade séria, ou que ao menos ensinasse o básico.
   Psicodiagnóstico, prognóstico a médio e a longo prazo.Etapas: começo e fim.
 
   Vivi, a experiência como profissional de saúde recebendo o pior dos prognósticos a médio e a longo prazo, convivi com a inquietude de sermos um serviço ineficiente, ineficaz, sem resolutividade.
   Porém, percebo que ao longo dos anos, fomos selecionados para cargos ainda não existentes no campo da saúde mas, que dão conta dos atendimentos que realizamos hoje.

  Sim, os contratos deveriam ter sido feito para bombeiros.

 

   Bombeiros segundo o  Wikipédia:
Os bombeiros são equipes de resgate treinadas extensivamente, principalmente para apagar incêndios que ameaçam as populações civis e suas propriedades, para resgatar pessoas de acidentes de trânsito, desmoronamentos de edifícios, desastres naturais, e outras situações semelhantes. Algumas vezes fornecem serviços de emergência médica. O serviço de combate a incêndios e serviços de resgate é conhecido em alguns países como "brigada de incêndio". Os bombeiros tornaram-se onipresentes em todo mundo, das áreas florestais para as áreas urbanas e a bordo de navios.

   Convivemos com todas essas diferenças de interesses, de entendimentos, de desconhecimentos, convivemos com o despreparo das organizações dos serviços de saúde para antever as dificuldades em que viveriamos nos diferentes serviços de saúde.
   Acredito, que nenhum de nós, nem mesmo o conjunto renomado que toca tantas músicas, tem o desejo de se manter bombeiro, não que essa não seja uma profissão digna de reconhecimento ou de mérito.
   Desejamos sim, ser profissionais de saúde, que regulam, que organizam, diferenciam os serviços prestados, que prevem, antecipam, e, que minimizam o sofrimento atual ou futuro.
   Desejamos sim, apagar os focos de incendios diários que promovem curto circuito em nossas rotinas e que não são pertinentes a manter um serviço de forma saudável para gestores, profissionais de saúde e para usuários.
   Desejamos sim, manter o trabalho para o qual somos qualificados para realizar, pensamos sim que é possivel haver espaço para todos, mas, entendemos que despotencializar equipes e serviços por conta de apagar incendêncios não é mais possivel e  ainda mais indesejável.
Dai a César o que é de César