Trabalhadores da SMS Natal reunidos para (re)articulação da Política

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 TRABALHADORES DA SMS DE NATAL REUNIDOS PARA (RE) ARTICULAÇÃO DA PNH: “… Eu acredito na rapaziada, que segue em frente e segura o rojão; eu ponho fé, é na fé da moçada, que não foge da fera e enfrenta o leão…”
  No dia 17/04 de 2009, trinta e um trabalhadores de diversas categorias profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Natal que atuam em diferentes espaços institucionais (Unidades de Saúde Básicas e Hospitalares, Distritos Sanitários e Departamentos) se reuniram com o objetivo de dar continuidade a (re) articulação da Política Nacional de Humanização (PNH) na rede da Secretaria Municipal de Saúde de Natal, retomando processos já iniciados e debatendo sobre novas estratégias para a organização e consolidação desta Política. As expectativas trazidas pelos participantes demonstram o desejo de contribuir com a consolidação da PNH e a necessidade de fortalecer os espaços de fala, de compartilhamento de “fazeres”, angústias, desejos e experiências, evidenciadas através de algumas falas: “encontrar saídas”; “acredito que a política é importante para a melhoria das questões da saúde”; “encontrar ânimo para enfrentamento da crise”; “construir caminhos para reorganização da PNH no município”; “(re) energização”; “acredito que é possível mudar e transformar”; “acredito na Humanização”; “acredito que a esperança é a última que morre, o SUS tem jeito”; “acredito que a PNH se constitui como espaço de construção, de troca”; “acredita que as rodas são espaços de construção, de potencialização de forças”; “compartilhar, fazer chegar e acontecer a PNH no cotidiano das unidades”. No debate sobre as estratégias para a (re)organização e fortalecimento da PNH ressalta-se a compreensão de que “a humanização não se dá por decreto. Passa pela necessidade de constante movimento de reflexão-ação-reflexão. Em meio a esse exercício cotidiano, os dispositivos, que são disparadores de processos, vão sendo implementados, reavaliados, daí a importância de fortalecer os fóruns de discussões, as rodas de conversa”, tendo como proposta de encaminhamento a realização de rodas quinzenais, nas sextas-feiras, congregando profissionais de diferentes espaços institucionais. A reunião foi encerrada com uma breve avaliação do encontro e a leitura do texto abaixo, de autor desconhecido:
UM AMANHÃ QUE SE CONSTRÓI HOJE
        “Talvez estejamos duvidando de nossa capacidade de criar e de sonhar. A nossa história é de dominação: um país colônia que esteve sob jugo político e econômico de potências estrangeiras desde a sua origem; uma história oficial, contada pelos vencedores, em que “os grandes homens” sobressaem em detrimento dos milhões de atores anônimos que deram suas vidas por um ideal: a liberdade.
                Talvez não percebamos, porque nos ensinaram de outra forma nas escolas, que a história está sendo construída por todos nós. Nos locais de trabalho, no convívio familiar, na roda de conversa com os amigos, na militância dos movimentos sociais.
             As elites dirigentes acham ótimo que pensemos assim. Afinal de contas, enquanto acreditarmos que a história é feita pelos famosos e importantes, não seremos tentados a tomar a nossa história nas mãos e perceber como ela é bela e única. Cada atitude nossa é singular, tem o selo de nossa individualidade.
             Mas somos nós que construímos a história: com nossa omissão e nossa ação, nossos erros e acertos, nosso caminhar e nosso sonhar. O futuro se constrói aqui e agora. Pela ação no presente estamos contribuindo para que ele seja melhor ou pior, mais risonho ou mais triste, iluminado ou mais sombrio.
             A caminhada tem seus obstáculos. Em alguns momentos, eles parecem intransponíveis, gigantescos e assustadores. A inércia contamina a mente, nos deixa com a sensação de que não vale à pena lutar. Mas se olharmos em nossa volta vislumbraremos outros homens e mulheres que caminham e que tentam acertar. Não estamos sós.
             Precisamos manter acesa a chama da esperança e ter a humildade de reconhecer que somos “eternos aprendizes”. E, como Gonzaguinha cantou, acreditar:
             “NUNCA SE ENTREGUE
              NASÇA SEMPRE COM AS MANHÃS
              DEIXE A LUZ DO SOL BRILHAR
              NO CÉU DE SEU OLHAR.
              FÉ NA VIDA, FÉ NO HOMEM
              FÉ NO QUE VIRÁ.
              NÓS PODEMOS MUITO
              NÓS PODEMOS MAIS
               VAMOS LÁ FAZER O QUE SERÁ”.