De onde vem a genialidade?

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Por: Parcilene Fernandes

Albert Einstein  (1879 – 1955)

O documentário da BBC de Londres “What Makes a Genius?” faz uma compilação de alguns estudos recentes que buscam compreender de onde vem a genialidade. E, como sempre, qualquer estudo que tenha o cérebro como contexto é complexo, passível de refutação e, em alguns aspectos, paradoxal.

Primeiro, é necessário pontuar a diferença entre uma pessoa inteligente ou com determinadas habilidades e um gênio.  Por exemplo, no documentário é apresentado um professor de matemática que tem uma habilidade extrema para fazer contas, ele é capaz de inferir o quadro de números de, até, 5 dígitos. Isso é uma façanha incrível, mas como esse mesmo professor diz no vídeo, isso não faz dele um gênio, apenas aponta um tipo de habilidade na qual ele se sobressai. O que falta então para que esse professor seja considerado um gênio? Segundo suas próprias palavras, a criatividade. A possibilidade de juntar um conjunto de habilidades e competências a um processo criativo e promover inovações.

Crianças realizando o teste de QI de Lewis Terman em 1922

A grande questão que permeia todo o documentário é: um gênio nasce pronto ou pode ser criado?

A estrutura do cérebro como fator preponderante na definição da inteligência causa uma série de discussões, pois, de certa forma, estabelece que a capacidade de aprendizagem, a definição de habilidades e a possibilidade de gerar inovações estão “presas” a uma base inicial.

 

Talvez uma das poucas verdades que podemos erigir desses questionamentos é que qualquer estudo que tenha o ser humano como foco de pesquisa deve ser concebido como um processo multidisciplinar. Particularmente, penso que, às vezes, damos um valor demasiado a determinadas formas de inteligência e esquecemos a complexidade que compõe as relações humanas.

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