Experiência do dispositivo de COGESTÃO/COLEGIADO GESTOR

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Experiência do dispositivo de COGESTÃO/COLEGIADO GESTOR realizada no municipio de Santo Amaro da Imperatriz, Santa Catarina, entre os meses de janeiro a agosto de 2013.

Uma experiência de Cogestão no Município de Santo Amaro da Imperatriz no ano de 2013.
Helen Bunn Schmitt
Carlos Pinheiro
Carlos Garcia

O município de Santo Amaro da Imperatriz possui 20.233 habitantes (IBGE-2012). A Secretaria Municipal de  Saúde –SMS- é composta por duas Unidades Básicas de Saúde, 1 Centro de Saúde, 1 Centro de Especialidades Odontológicas, 1 Centro de Atenção Psicossocial, 1 Unidade Básica do SAMU, Vigilância em Saúde e o Nível Central com serviços administrativos. Por oito meses respondi pela SMS daquele municipio e ao assumir havia sido tutora do Curso de Humanização e a partir dele busquei aplicar a Política Nacional de Humanização da Atenção e da Gestão-PNH. Entender como se dá nos territórios o viver, o trabalhar, o entender saúde como uma produção social, reconhecendo e partindo de um SUS que dá certo (PASCHE, 2008). A PNH apresenta como essencial a tríplice inclusão, nos arranjos, processos e dispositivos da gestão na clinica e na saúde coletiva. Traz ainda a inclusão dos coletivos, redes e movimentos sociais e por último a inclusão dos analisadores sociais, da perturbação emergente da inclusão de sujeitos e coletivos sociais (PASCHE, 2008). Com a tríplice inclusão temos a gestão participativa mostrando-se como importante à medida que se torna instrumento valioso na construção de um fazer, deixando o corporativismo e modificando o status das organizações, incluindo o pensar e o fazer coletivo. A gestão participativa entende os três objetivos básicos dos serviços de saúde, a saber, a produção de saúde, a realização profissional e pessoal de seus trabalhadores e a própria reprodução enquanto política e reconhece que não há pré-fixação de combinação, porém a construção precisa se dar ao longo do processo (BRASIL, 2010). Partindo destes pressupostos a primeira ação realizada na SMS foi de constituir um Colegiado de Gestão Municipal com representantes de todas as estruturas assistências e a partir de rodas de conversa quinzenais, definir os rumos que seriam dados à atenção ao usuário, tornando espaço de troca de informações, definições e rearranjos. Foram realizadas até o mês de agosto 13 reuniões com o grupo, que rodando a a palavra construiram as estratégias de enfrentamento dos problemas e  caminhos coletivos de  melhoria deste SUS que dá certo. A frequência não se dava em 100% nas reuniões, onde a pedido de um dos membros era realizada uma memória e listado os presentes. Não Tse mostrou fácil colocar para discussão os saberes, poderes e afetos, por vezes precisamos fazer um esforço para entender o outro, porém mostrou-se uma experiência potente para o empoderamento e autonomia dos sujeitos. O dispositivo da COGESTÃO dando corpo ao SUS que dá CERTO foi uma semente plantada, que com certeza transformou os sujeitos.

Helen Bunn- Carlos Pinheiro- Carlos Garcia-