Política Nacional de Humanização comemora 10 anos

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img_4557_1.jpg“Quem faz o sotaque da Política Nacional de Humanização não são os consultores, mas sim todas as pessoas,” a frase da apoiadora da PNH na região sul, Liane Righi, refere-se à multiplicidade da política que reúne gente do país inteiro, com experiências distintas, em parte, mas, que aguardam em sincronia a vinda de um tempo melhor para a saúde, onde os princípios de humanização sejam respeitados de norte a sul do Brasil e que não haja fronteiras dentro e fora da nação para que isso aconteça de fato.

O Seminário dos 10 anos da PNH, reuniu no dia 28 de novembro, mais de 100 pessoas, o evento foi realizado na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Brasília. Enquanto os participantes aguardavam ao inicio dos debates havia um clima de expectativa por conta da premiação do Concurso Cultural Faço Parte do SUS que dá certo.

A mesa de abertura contou com a presença do coordenador da PNH e autoridades do Ministério da Saúde do Brasil e de Angola, Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), O Conselho Nacional de Secretários da Saúde (CONASS), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), Conselho Nacional de Saúde (CNS), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O coordenador da Política Nacional da Humanização, Gustavo Nunes de Oliveira, deu inicio ao debate, onde foi discutida a Ágora dos 10 anos: a gestão da PNH e seu projeto ético-estético-político na máquina de Estado, com ex-coordenadores da Política.

“Os princípios e diretrizes a PNH se confundem com os princípios do SUS. A pauta da humanização nasce com interface forte no movimento sanitário e na academia e hoje se amplia para todos os trabalhadores e usuários do SUS,” afirmou.

“Não existe política inovadora que não traga novos recursos. O tema da humanização teve que ser desbravado. Pois antes era associado a gênero, a algumas profissões como a enfermagem, ligado muito para a ideia do homem bom. A PNH não é só para os usuários, mas para os trabalhadores, e ele devem falar sobre essa experiência do trabalho, não só da tristeza, mas da força e potência,” disse o diretor do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, Dário Parche.

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“Não são os consultores da PNH, ou os apoiadores que fazem esta tarefa. Precisamos fazer com os municípios, com os trabalhadores, daí a importância do trabalho com o Conass e Conasems. Precisamos encontrar maneiras de trabalhar para que a PNH chegue a cada local e serviço,” afirmou a apoiadora Institucional do departamento de articulação Interfederativa, Maria do Carmo Cabral Carpintério, que também já foi gestora da PNH.Outros dois ex- gestores da PNH enviaram suas mensagens de apoio e incentivo HumanizaSUS. Adail Rollo e Regina Benevides.

A representante do Ministério da Saúde Angola, Fernanda Batista, falou da experiência de humanização em seu país. “Iniciamos em 2009 o programa de humanização em angola. Não é fácil falar de humanização, não tem relação só com as estruturas físicas: mas se faz com toda a gente envolvida, a humanização é um dever de cidadania. Temos uma responsabilidade cívica com as pessoas.”

À tarde, o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Miranda falou da criação dos SUS, da estruturação da saúde e como ela vem se fortalecendo: “Hoje nos detemos em uma reflexão dos 25 anos do SUS. Estamos inclusos em uma plataforma de vitórias na saúde. Os dados concretos nos levam a crê nisso. Podemos enfrentar os grandes desafios que temos para os próximos vinte cinco, cinquenta e cem anos do SUS.”

Em seguida, foi iniciada a premiação do Concurso faço pare do SUS que dá Certo, publicado pelo ministro da saúde no Diário Oficial da União, que obteve 284 experiências inscritas de todo o Brasil.Os 30 finalistas receberam certificado do Ministério da Saúde, e, foram apresentados trechos dos 10vídeos vencedores do concurso, sendo 2 de cada região do País. As 10 experiências selecionadas vão compor um vídeo e catálogo institucional da PNH e uma delas ganhará menção honrosa via voto popular.

Durante o seminário alguns dos apoiadores da PNH, responsáveis pela avaliação dos vídeos: Sérgio Aragaki,(Nordeste), Beth Mori (centro-oeste), César ramos(norte),Liane Righi (SUL), Pedro Ivo Ivo(sudeste) reafirmaram os conceitos da humanização da PNH que puderam ser visualizados em boa parte dos vídeos.

A representante da experiência: “O SUS que dá certo no Instituto da Mulher-Amazonas”, Maria Gracimar Oliveira Fecury, ficou muito emocionada durante a premiação, ao ser chamada como uma das vencedoras do concurso entoou  animadamente a música  de fundo de seu vídeo. “Valeu a pena acreditar e fazer com que as pessoas acreditassem, eu sou do SUS que dá Certo, eu sou de Manaus!” Todas as 284 experiências inscritas no concurso estão disponíveis na rede HumanizaSUS.

A coordenadora adjunta da PNH, Cathana Freitas, realizou o lançamento de materiais que vão auxiliar ás práticas de Humanização do SUS: Monitoramento das Ações Redehumanizasus, Caderno Humaniza SUS- Humanização do  parto e Nascimento, Cadernos HumanizaSUS- Saúde Mental e a Semana Nacional de Humanização, que vai acontecer de 07 a 11 de abril de 2014.

O Seminário foi transmitido ao vivo pela Rede HumanizaSUS, em breve estará disponível na Sala de Eventos. Será lançado também um livro contendo todo o conteúdo do evento.

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