Saúde Mental.

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O Ministério da Saúde preconiza a função de CAPS como regulador da rede de saúde mental, direcionando as políticas e programas referentes ao tema. Os CAPS devem ser ainda portas de entrada para quadros psiquiátricos agudos e graves, atendendo prontamente crises. Além disso, precisam proporcionar visitas domiciliares, buscas ativas de pacientes, atendimento aos familiares de usuários e apoio matricial, ou seja, apoio técnico às unidades básicas e Estratégia Saúde da Família, de modo a fortalecer a rede de saúde mental, onde não devem existir referências transferindo responsabilidades, mas sim integração de equipes nos cuidados aos pacientes. Porém, a realidade que conheço destes CAPS é sobrecarga de serviços para equipes em número insuficiente. E pelo fato dos gestores não darem credibilidade técnica a esse respeito, componentes das equipes prejudicam a própria saúde e consequentemente falham no cuidado aos usuários, deixando de considerar o paciente na sua individualidade e inserido em um contexto, para poder dar conta apenas dos sintomas, priorizando ações como administração de medicação, controle de dados vitais e procedimentos burocráticos indispensáveis. Cabe relembrar que na Reforma da Assistência em Saúde Mental, os CAPS têm o papel de regulador da rede e para cumprir com essa função, necessitam de projetos bem elaborados. Sobretudo, faz-se necessário mostrar na prática um serviço que seja de fato reconhecido como substitutivo de internamentos em hospitais psiquiátricos.