Comentário sobre o Filme Sicko.

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        O filme faz um relato sobre o Sistema de Saúde Americano e foi produzido no ano de 2007. O modelo de saúde apresentado tomou corpo na década de 70, no governo Nixon, com uma política voltada ao favorecimento de determinados grupos econômicos, alicerçada na ganância e no enriquecimento desenfreado, que nunca favorece o usuário, onde em nome do capital, médicos são pagos por empresas de planos de saúde, para recusar 10% das revisões médicas.

        Muitos americanos têm vivido histórias de terror com os planos de saúde que mutilam e matam milhares de pessoas e deixam milhões sem assistência médica digna. Seguradoras lucram e não cobrem uma grande parte das necessidades da população. Cobram e não pagam os procedimentos, alegando doenças preexistentes.

         Como pode um país considerado uma potência mundial, tratar seu povo dessa forma? A realidade apresentada nos deixa pasmos, decepcionados e indignados. É duro ver a contradição: riqueza material x abandono de pessoas. Percebe-se um sistema desumano, excludente que é capaz de despejar na rua, pessoas que deveriam estar hospitalizadas, por não ter como pagar seu tratamento. Pessoas dedicadas, consideradas como heróis nacionais, como os bombeiros do fatídico 11 de setembro, a mercê da própria sorte.

         Nos deparamos também dentro deste sistema, com os lobbys que as empresas dos planos privados fazem para comprar autoridades, onde o mercado dita as normas e regula as ações e os serviços de saúde, engordando a conta de muitos políticos.

         O documentário também faz um paralelo com outros modelos de saúde alicerçados no tratamento gratuito e universal que vigora em países como o Canadá, Inglaterra, França e Cuba(país tão temido pelos americanos). Todos com modelos eficientes e justos, que tem dado certo e oferece atendimento de qualidade à população. Não por caridade ou benesse, mas como direito. Onde profissionais são reconhecidos e recebem salários dignos.

         Infelizmente, enquanto perdurarem a ganância de alguns grupos, o eu em detrimento do nós, ainda nos depararemos com estas aberrações por muito tempo, seja nos Estados Unidos ou aqui no Brasil.