Comentário sobre o filme SICKO $O$ SAÚDE

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Módulo I
Atividade: Comentário sobre o filme SICKO $O$ SAÚDE

Aluna: Thereza Christina Braga Ribeiro
Tutora: Luzia Prata                                                                                                                                

Sicko – $O$ Saúde, é um documentário de Michael Moore, que procura mostrar a realidade da saúde dos E.U.A., a qual não possui um sistema de saúde e sim, um incentivo por parte do governo, para as empresas de plano de saúde. Empresas estas que por sua vez, só visam lucro e não o real bem estar de seus usuários.
O autor apresenta a situação de alguns americanos, que perderam seus parentes por falta de assistência médica. Outros chegaram à falência em função dos interesses estritamente capitalistas de seus planos de saúde, pois investem o mínimo nos tratamentos de seus usuários, para obterem cada vez mais lucros. Vejo esta passagem do documentário, como um alerta para a sociedade brasileira, pois se deve cada vez mais procurar tomar atitudes que nos livrem da dependência dos planos de saúde. E uma delas seria cobrar de seus governantes ações que viabilizem o trabalho do SUS, pois, Michael Moore mostra no depoimento de uma francesa que seus compatriotas não têm medo de ir às ruas reivindicar, de cobrar a seus governantes os seus direitos e acredita que seja esta uma maneira de assegurar e preservar cada vez mais suas conquistas em todas as áreas.
Em contrapartida, o documentário mostra outro lado, através da realidade da saúde no Canadá, Grã-Bretanha, França e Cuba, onde o Sistema Nacional de Saúde existe, atua e é colocado em prática por todos, por entenderem que um tem que se preocupar com o outro, ao pagar seus impostos. Inclusive no depoimento de Tony Bernn ao criticar os valores destinados às guerras: “Se você pode levantar dinheiro para matar pessoas, pode levantar dinheiro para ajudar pessoas”. Como também, me tocou bastante a cena apresentada pelo autor, do acolhimento que prestou o Hospital de Havana em Cuba, aos voluntários que ajudaram na tragédia de 11 de setembro. Pois, como psicóloga, entendo que o tratamento já se inicia com esse acolhimento, e como usuária  entendo que este calor humano faz a diferença em todas as situações de nossas vidas, principalmente na doença.
Esse documentário e minha participação na rede HumanizaSUS,  contribuíram  para que me sinta uma pessoa muito importante dentro deste processo que vivenciamos, o do crescimento da saúde em nosso país. Por entender que estou colaborando para que nosso SUS consiga por em prática o que já tem preconizado em suas normatizações, e assim como o Canadá, Grã-Betanha, França e Cuba, torne-se um  sistema tão ou mais eficaz e eficiente, uma vez que se algumas regiões de nosso país já conseguem operacionalizá-lo com  êxito, porque as demais não conseguem também? Basta que a população se empenhe em cobrar das pessoas que elegeram um olhar especial para o SUS, mostrando-os que é através de uma pessoa saudável que se alcança o desenvolvimento de uma nação, pois, povo sadio, trabalha mais, produz mais, estuda mais, se realiza mais e automaticamente é mais feliz. O autor corrobora com tal fato quando expressa: “Ao final de tudo, nós estamos no mesmo barco e não importa quais sejam as nossas diferenças, nós afundamos ou nadamos juntos”.
E a resposta para essas desigualdades entre a assistência à saúde ofertada pelos povos das diferentes nações, talvez esteja na compreensão da fala de Michael Moore, ao se referir às nações do Canadá, Grã-Bretanha, França e Cuba: “Eles vivem num mundo do “nós” e não do “eu”.
Logo, este documentário reafirma a opinião que tenho em relação ao nosso SUS, de que ele está caminhando para se igualar ou superar o Sistema Nacional de Saúde dos países já citados. É verdade que não é um caminho fácil, e nem tão rápido, mas que a PNH é um forte e imprescindível agente nesta transição.