“ICESP em Cena” – Grupo de Teatro formado por colaboradores é ferramenta de comunicação institucional no ICESP

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O grupo de teatro “ICESP em Cena” nasceu em 2010 com a proposta de ser um facilitador na comunicação da Instituição com os colaboradores, além de oferecer uma atividade de entretenimento aos colaboradores que apresentam interesse na ação. Idealizado e coordenado pelo supervisor de Hospitalidade do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), Marcelo Cândido, atualmente, o grupo de teatro é uma importante ferramenta de comunicação institucional, disseminando os valores e as diretrizes estratégicas do hospital.

Formado por 16 colaboradores de diferentes áreas do hospital, o grupo tem como método a linguagem artística e lúdica do teatro, para transmitir conceitos e conteúdos, por vezes extensos e complexos. Além da ludicidade, a linguagem do teatro também trabalha a emoção, o que favorece a assimilação e a memorização dos temas abordados.

O grupo “ICESP em Cena” trabalha em parceria e com o apoio das áreas de Gestão de Desenvolvimento de Pessoas – GDP – e do Centro Integrado de Humanização – CIH. É desta parceria que se originam os temas, a validação do conteúdo das peças e a metodologia aplicada, que sempre tem como foco o teatro corporativo.

O grupo se reúne, semanalmente, às quintas-feiras, no horário do almoço, no auditório do hospital, para os ensaios e para atividades que visam enriquecer a performance e o desenvolvimento do grupo.

Como o grupo conta com colaboradores das áreas assistenciais, administrativas e operacionais e como forma de respeitar o cumprimento do horário de almoço a fim de não prejudicar a rotina das áreas e o desenvolvimento do grupo “ICESP em Cena”, as áreas parceiras (GDP e CIH) subsidiam o almoço, oferecendo um lanche aos integrantes do grupo.

Para Maria Helena Sponton, coordenadora de Humanização, essa iniciativa foi de extrema importância para a integração das áreas, melhoria das relações no ICESP e descoberta de grandes talentos no nosso quadro de colaboradores. Sem dúvida, a linguagem teatral vem contribuindo para disseminar de forma lúdica e artística temas compatíveis com a missão e valores do Instituto, estabelecendo vínculos solidários e a própria valorização dos profissionais.

Em seu quarto ano de atuação, o grupo estreou, em abril,  a sua quarta peça intitulada “Clara de Neve e as Metas de Segurança”. Esta peça compõe o plano de comunicação para sensibilizar os colaboradores para a Acreditação da Joint Comission Internacional, para qual o Instituto está se prepara desde abril/2014 e terá a avaliação final em julho/2014.

Elaborado sob a forma de treinamento, esta peça tem como conteúdo orientador as seis metas de segurança do paciente. O texto para esta peça foi criado pelo próprio coordenador do grupo (Marcelo Cândido) em parceria com a área da Qualidade do Instituto e a validação das áreas parceiras (GDP e CIH).

A previsão do Instituto era que cerca de 90% do seu efetivo tivesse acesso à peça. Para garantir esta meta, nas áreas mais críticas, onde a escala de liberação dos colaboradores é mais sensível, em função das demandas da assistência ao paciente, algumas apresentações foram realizadas “in loco”.

Como o objetivo principal do “ICESP em Cena” é a comunicação institucional, todas as peças são pensadas e organizadas com uma estrutura que possibilite a mobilidade e o deslocamento do grupo, pelas dependências do hospital.

As metas de segurança estão representadas com músicas em paródias para maior fixação dos conceitos. Para facilitar a assimilação e a memorização das metas foram utilizados ritmos conhecidos e músicas populares como: axé, forró, rock, funk, MPB e samba.

De acordo com o gerente de Gestão de Desenvolvimento de Pessoas, Joed Lamônica Crespo Junior, a possibilidade de expressão e criatividade dos colaboradores no seu ambiente de trabalho é um ideal a ser buscado. Em um hospital que cuida de pacientes com Câncer, cada colaborador precisa constantemente estar aberto a novas estratégias de ensino, aprendizagem e desenvolvimento, com o Núcleo de Teatro do ICESP temos a oportunidade de disseminar de maneira lúdica a missão, visão e os valores do Instituto.

Desde a década de 90, as empresas vêm investindo, cada vez mais, na disseminação de técnicas alternativas para treinar e desenvolver os colaboradores, ultrapassando o modelo convencional da sala de aula e do conteúdo autodirigido, e buscando métodos que estimulem a aprendizagem e a capacidade de pensar e refletir o cotidiano.

Neste item, o ICESP, apresenta outro diferencial, onde os próprios colaboradores participam das peças seja na atuação, seja na composição do roteiro, sempre de acordo com as necessidades e desafios enfrentados pelo hospital. Neste sentindo, além do uso de técnicas alternativas na educação dos colaboradores, estimula-se a criatividade, o engajamento e a interação dos colaboradores, além da excelente receptividade dos diferentes públicos do hospital.

Outras peças do ICESP em Cena:

• A primeira peça intitulada “Você tem que me amar”, foi desenvolvida, em 2010, após avaliação do clima organizacional. Esta peça trabalhou em consonância com as necessidades dos resultados da pesquisa.  A temática ficou centrada em torno dos relacionamentos interpessoal e intrapessoal, no ambiente profissional e de como cada um participa e contribui para o fomento ou resolução de um problema.
• A segunda peça “Alice nunca esteve no país das maravilhas” trabalhou a temática da Sustentabilidade, uma necessidade bastante presente na rotina do hospital. Por dia, aproximadamente, temos 7 mil pessoas gerando e descartando resíduos.   O tema foi conduzido com suavidade e com personagens divertidos para transmitir a mensagem principal de “façamos nossa parte na mudança”.
• A terceira peça, “O segredo de Vivian Grimm”, enfatizou a importância da relação familiar e os conflitos que esmaecem estas relações e enfraquecem a família como rede de apoio. O texto apresenta uma família que padece de falta de união, com personagens lúdicos e de fácil identificação, percorrem a trajetória do desentendimento ao perdão e dialogam sobre suas diferenças.

Entre uma peça e outra, foram desenvolvidas três esquetes, “Claudirene está de bem com a vida”, apresentada na SiPAT, em 2011, relatou o drama vivido por uma dona de casa dependente de álcool e de como esta problemática afetava a sua vida conjugal e influenciava no ambiente de trabalho do marido, com as constantes ausências motivadas pelas crises da esposa. O texto da peça convidava o público a pensar os problemas pessoais e familiares e como estes afetam a nossa rotina. Em 2012, Gonofrida, retratou um extraterrestre que salvou o mundo. O texto abordava a relação chefe e funcionário e seus possíveis desencontros que permeiam esta relação e, por último, a peça Vida e Obra de Marccello Tangerina (2013) que tinha o objetivo de despertar a reflexão sobre o mundo competitivo, no qual estamos todos inseridos.

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Por: Fabiane Matias (Centro Integrado de Humanização); Marcelo Cândido (Hospitalidade).