O povo age onde o Estado falha: moradores criam posto de saúde e linha de ônibus

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Ações foram motivadas após vários pedidos para o poder público. Especialista diz que há "falha no sistema" de governo

 

Na zona leste de São Paulo, uma ocupação reúne 3,5 mil famílias a cerca de quatro quilômetros do Itaquerão, palco da abertura da Copa do Mundo. No extremo sul da capital paulista, o bairro Marsilac, distante cerca de 60 quilômetros do centro da capital, abriga 2,5 mil famílias. Os dois pontos têm em comum o exemplo – e trabalho – da população para suprir necessidades básicas que deveriam ser fornecidas pelo Estado.

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Após reiterados e frustrados pedidos ao poder público, os moradores dessas comunidades implantaram, por conta própria, uma linha de ônibus e uma Virada Cultural, em Marsilac, e um posto de saúde comunitário na ocupação batizada de Copa do Povo.

Segundo Heitor Pasquim, militante do Fórum Popular de Saúde, entidade que visa a promoção da saúde nas periferias, a ideia do posto popular na Copa do Povo, promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), surgiu após os moradores verem negadas as revindicações para a implantação de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no Jardim Helian, onde fica a ocupação.

 

Publicação original no site UOL: https://ultimosegundo.ig.com.br/eleicoes/estado/sp/2014-05-25/o-povo-age-onde-o-estado-falha-moradores-criam-posto-de-saude-e-linha-de-onibus.html