NORMAL X NORMAL HUMANIZADO

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Compartilhando um texto que traz informações importantes sobre o parto, abordando os diversos tipos de parto e as possibilidades de cada um.

 

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PRÉ-NATAL:
– Parto Normal: em geral limita-se a avaliar a saúde física da mulher e do bebê. Aspectos emocionais da gestação ficam em segundo plano. Fala-se pouco de parto.
– Parto Humanizado: avalia a saúde física da mulher, incluindo todos os exames recomendados pela OMS e também dá grande ênfase ao preparo emocional da mulher para o parto e a maternidade.

INÍCIO DO TRABALHO DE PARTO:
– Parto Normal: dificilmente permita-se que a gestação ultrapasse 40 semanas. Quando atinge esse “limite”, a mulher é internada para indução do parto com medicamentos ou vai para cesárea porque “passou da data”.
– Parto Humanizado: costuma ser espontâneo, ainda que o tempo de gestação ultrapasse as 40 semanas (com consultas e exames mais frequentes após 41 semanas).

RUPTURA DA BOLSA:
– Parto Normal: em geral é provocada pelo médico, com uma espécie de agulha, para acelerar o trabalho de parto.
– Parto Humanizado: costuma acontecer naturalmente, de forma espontânea, ao longo do trabalho de parto.

DURAÇÃO DO TRABALHO DE PARTO:
– Parto Normal: é acelerada com ocitocina sintética, que intensifica as contrações.
– Parto Humanizado: respeita-se o ritmo natural do nascimento, que varia muito de um parto para outro.

POSIÇÃO DURANTE O TRABALHO DE PARTO:
– Parto Normal: deitada na cama, de barriga para cima. Uma cinta presa na barriga da mulher e ligada a um aparelho (cardiotocografia) monitora as contrações e os batimentos cardíacos do bebê.
– Parto Humanizado: a mulher tem liberdade para escolher e alternar posições. Pode sentar na bola suíça, deitar na banheira, ficar de quatro sobre a cama, acocorar-se nas contrações, etc.

ANESTESIA:
– Parto Normal: no atendimento particular é um procedimento de rotina para todas as mulheres que atingirem um determinado estágio de dilatação. No serviço público não está disponível tão facilmente.
– Parto Humanizado: é uma escolha da mulher, que é incentivada a dar preferência a métodos naturais para aliviar a dor (massagens, banhos mornos e o suporte físico e emocional de uma doula). Quando a mulher decide pelo alívio medicamentoso, é feita uma analgesia para tirar a dor, mas não os movimentos.

LOCAL:
– Parto Normal: hospital/maternidade (sala de parto ou centro cirúrgico).
– Parto Humanizado: hospital/maternidade (suíte de parto normal com chuveiro, banheira e bola suíça), em casas de parto ou em casa (somente para gestação de risco habitual).

EPISIOTOMIA:
– Parto Normal: procedimento de rotina, feito praticamente em todos os partos normais.
– Parto Humanizado: realizada raramente, apenas se absolutamente necessária.

CONTATO COM O BEBÊ APÓS O NASCIMENTO:
– Parto Normal: o cordão umbilical é cortado imediatamente, o bebê é mostrado para a mãe e levado pelo pediatra para uma série de exames e intervenções de rotina (aspiração das vias aéreas superiores e aplicação de colírio de nitrato de prata).
– Parto Humanizado: se o bebê nasce bem (o que é o caso da maioria), a prioridade do pediatra é garantir o contato pele a pele do recém-nascido com a mãe. O bebê é apenas enxugado e coberto com panos macios, no colo da mãe. São oferecidas todas as condições para que ocorra a amamentação na primeira hora de vida. A aspiração é feita apenas se for realmente necessária. A aplicação do colírio também. O cordão é cortado somente depois de parar de pulsar.

PARTICIPAÇÃO DA MULHER:
– Parto Normal: a gestante tem uma posição passiva diante do processo do parto. É considerada uma “paciente” e, como tal, é esperado que aceite as decisões do médico, que é quem está de fato no comando da situação.
– Parto Humanizado: compartilha a tomada de decisões com a equipe responsável pela assistência ao parto, que pode contar com médico ou parteira (enfermeira obstetra ou obstetriz). No segundo caso, o obstetra é acionado apenas se necessário.
 

Fonte: Blogue Humanize-se