Acolhimento e Classificação de Risco

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O acolhimento como uma postura e prática de ações que sugerem mudanças nas práticas de atenção e gestão, favorece também a construção  de relações de confiança entre usuários e trabalhadores. Importante ampliar o conceito e não restringir as questões de demanda e de triagem, assim sendo entendemos o acolhimento como parte do processo de produção de saúde, com articulação com as várias diretrizes para o processo de trabalho, potencializando o protagonismos da vida através de encontros tendo a ética como compromisso. Sabemos que apesar dos avanços existem ainda grandes lacunas no modo de acolher o usuário nos serviços, com necessidades de redimensionar o cotidiano dos mesmos com ampliação de acesso e de qualidade na assistência e,  sobretudo acesso a continuidade e acompanhamento. O acolhimento funciona como potente ferramenta tecnológica de construção de vínculos e vinculações , com responsabilização e resolutividade dos serviços, como dispositivo de intervenção. É um espaço de  postura ética que não se esgota na entrada e sim atravessando o processo de tratamento com a multidisciplinaridade nas práticas, deixando de ser um ato isolado para ser um dispositivo de articulação da rede e na rede de serviços. A classificação de risco produz uma forma de lidar com o trabalho que privilegia às necessidades do sujeito , é uma ferramenta que vai além de organizar filas e sim propor uma outra ordem de atendimento de necessidades do usuário pelo seu grau de risco e não pela ordem de chegada. É um dispositivo que propõe a melhoria das práticas nos serviços de emergência como importante instrumento da rede de serviço.