ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS

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ACOLHIMENTO
A palavra “acolher” em seus vários sentidos, expressa “dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito, agasalhar, receber, atender, admitir” (FERREIRA, 1975).
Acolhimento é uma das diretrizes de maior relevância política, ética e estética da Politica Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. O acolhimento está presente em todas as relações e encontros que fazemos na vida, mesmo quando pouco cuida dele.
É preciso restabelecer no cotidiano, o principio da Universalidade/Equidade para o acesso e a responsabilização das instâncias públicas pela saúde dos cidadãos.
O acolhimento como diretriz é um regime de afetabilidade construído a cada encontro e por meio dos encontros, que se produz na construção de redes de conversações afirmadoras de relações de potencia nos processos de produção de saúde.
O acolhimento é também é também um dispositivo de intervenção onde reconhece o usuário como sujeito e como participante ativo no processo de produção de saúde.
O acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma postura ética; Não existe hora ou profissional especifico e sim compartilha saberes, angustias e invenções; Acolhe, tomando para si responsabilidade de “abrigar e agasalhar”, por esses motivos o acolhimento é diferente de triagem, pois se constitui na inclusão que não acaba na recepção, mas deve ocorrer em todos os locais e momentos do serviço de saúde.

CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS
É uma ferramenta que, além de organizar a fila de espera e propor outra ordem de atendimento que não a ordem de chegada, tem também outros objetivos importantes como: garantir o atendimento imediato do usuário com grau de risco elevado; Informar o paciente que não corre risco imediato, assim como a seus familiares, sobre o tempo provável de espera; Promover o trabalho em equipe por meio da avaliação contínua do processo; Dar melhores condições de trabalho para os profissionais pela discursão da ambiência e implantação do cuidado; Aumentar a satisfação dos usuários e, principalmente, possibilitar e investigar a pactuação e a construção de redes internas e externas de atendimento.
O acolhimento com avaliação de risco é uma intervenção decisiva na reorganização das portas de urgência e na implementação da produção de saúde em rede, visando um melhor atendimento para o usuário onde cada cor representa uma prioridade de atendimento: Vermelha; Amarela; Verde e Azul.
A classificação de risco é realizada por profissional de Enfermagem de nível superior (Enfermeira) vem sendo utilizada em diversos países, inclusive no Brasil, onde foram desenvolvidos diversos protocolos, que objetivam em primeiro lugar, não demorar em prestar atendimento aqueles que necessitam de uma conduta imediata.
O protocolo de classificação de risco é uma ferramenta de inclusão, ou seja, não tem como objetivo reencaminhar ninguém sem atendimento, mas sim organizar e garantir o atendimento de todos;
A classificação de risco, é dinâmica, sendo necessário que, periodicamente, se reavalie o risco daqueles que ainda não foram atendidos ou mesmo daqueles cujo tempo de espera após a classificação é maior do que aquele que foi estabelecido no protocolo.
O acolhimento com classificação de risco é um dispositivos de melhoria da qualidade dos serviços de urgência que permite e instiga diversas mudanças nas práticas e que é um importante instrumento na construção de redes de atenção.