GESTÃO PARTICIPATIVA E COGESTÃO / GTH – MÓDUDO IV

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GESTÃO PARTICIPATIVA E COGESTÃO

A Política Nacional de Humanização, uma das inovações do SUS propõe como método a inclusão, a qual se apresenta como uma “Tríplice inclusão”, incluir sujeitos, coletivos e a perturbação que estas inclusões produzem nos processos de gestão; Mudando nos modos de cuidar e de refazer gestão produzindo plano e ação comum entre sujeitos, guiado pelo pressuposto ético de produzir saúde com o outro.
O Espaço da Gestão a partir da experiência brasileira passa a ser compreendido também como exercício de métodos, uma forma e um modo de fazer as mudanças na saúde, considerando a produção de sujeitos mais livres, autônomos e corresponsáveis pela coprodução da saúde.
Cogestão significa a inclusão de novos sujeitos nos processos de gestão (analise de contexto e problemas; processo de tomada de decisão). O fomento e a organização de rodas é uma diretriz da cogestão, colocar a diferença em contato para que se produzem movimentos e produzir mudanças nas práticas de gestão e de atenção.

GRUPO DE TRABALHO DE HUMANIZAÇÃO

O Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) é um dispositivo criado pela Política Nacional de Humanização (PNH) para o Sistema Único de Saúde (SUS) com o objetivo de intervir na melhoria dos processos de trabalho e na qualidade da produção de saúde para todos. O GTH instituiu-se em qualquer instancia do SUS e é integrado por pessoas interessadas em discutir os serviços prestados, a dinâmica das equipes de trabalho e as relações estabelecidas entre trabalhadores de saúde e usuários.
A proposta do GTH não se restringe apenas aos serviços de prestação direta de assistência à saúde como hospitais, outras unidades de saúde e o Programa Saúde da Família (PSF). É também adequada ao âmbito das instancias gestoras vinculadas ao SUS estadual e municipal do Ministério da Saúde e também dos parceiros entre municípios e cooperações interinstitucionais.
Todos podem participar do GTH como trabalhadores, funcionários, gestores, coordenadores e usuários, ou seja, todos que estejam em comum objetivo na construção de propostas e ações humanizadoras com finalidade de aprimorar a rede de atenção à saúde, as inter-relações das equipes e a prestação de serviços nos órgãos das varias instancias do SUS.
A ideia é de que os GTHs sejam um espaço de reflexão coletiva onde todos tenham o direito de dizer o que pensam de criticar e principalmente sugerir e propor mudanças no dia a dia dos serviços, na atenção aos usuários e nos modos de gestão; que seja construindo um espaço onde todos se aproximem, com mesmo objetivo estabelecendo um local favorável compartilhando as dificuldades do trabalho, às tensões do cotidiano e debatendo as divergências, sonhando um sonho de mudança, de realizações e buscando propostas inovadoras.