Reflexões sobre o trabalho e redes de saúde

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     O Texto Trabalho e Redes de Saúde nos traz uma explanação sobre o trabalho e redes de cuidado, os sentidos do trabalho na saúde e a metodologia da Comunidade Ampliada de Pesquisa. Faz uma reflexão do quanto as redes de produção de saúde compõem um mapa em constante construção como se as suas linhas navegassem sobre a realidade, em alta intensidade de fluxos, têm alta potência de constituição do novo, um devir para os serviços de saúde, associados ao cuidado e centrado nos campos de necessidades dos usuários.  O trabalho de redes é constituído por um conjunto de atividades simultâneas que possuem características distintas e são exercidas por trabalhadores de diversas áreas, com saberes e experiências específicas. Nota-se que a cada situação que se coloca, o trabalhador elabora estratégias que revelam os saberes de todo trabalho humano. No âmbito do trabalho em redes de saúde, temos algumas unidades que são de fundamental importância como Comunidade Ampliada de Pesquisa (CAP), que faz parte do Programa de Formação em Saúde e Trabalho (PFST) e compreende um grupo de multiplicadores constituído por consultores, apoiadores, pesquisadores e trabalhadores locais.
     Ao fazer essa referência do trabalho em rede notamos que essas estratégias consolidam-se  no  esforço coletivo,  a  partir  da  compreensão  do  mundo do trabalho e como este pode tornar-se tanto um  espaço  de  criação  e  e  promoção  de saúde (autonomia, protagonismo), quanto um espaço de embotamento, riscos e sofrimento
Verifica-se que as ações do Ministério da Saúde vem apoiando esses movimentos, oferecendo o suporte de consultores para articular com as instâncias do SUS e fomentar a criação desses espaços. Esta oferta  também  contempla  pesquisas,  estudos  e análises dos processos de trabalho. São movimentos que ganham força,  em  que  os  gestores  estão  convencidos de que a implementação dos conceitos da humanização os auxilia no estabelecimento de um ambiente favorável tanto aos trabalhadores quanto aos usuários. Em muitas cidades programas de promoção a saúde já foram implantados como o Programa de Formação em Saúde e Trabalho (PFST), contemplando a organização de grupos nos moldes das Comunidades Ampliadas de Pesquisa.
     Aponta a participação fundamental dos gestores em todo o processo do Programa de Formação de Saúde e Trabalho (FST) uma vez que, nas experiências já ocorridas, a ausência desses nas atividades da CAP levou a um emperramento das ações propostas por falta de apoio e “autorização” para sua implantação efetiva. O texto se conclui ressaltando a importância da realização do PFST, na visão dos trabalhadores, tem sido referida a busca pela satisfação do trabalhador, voltada para uma melhor qualidade de vida, a melhoria  das  condições  e  do  processo  de  trabalho.