REDE HUMANIZA SUS: SETE ANOS DE TRABALHO E DISCUSSÃO EM PROL DA SAÚDE NACIONAL

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Com mais de 30 mil usuários, a rede social dos trabalhadores e usuários do SUS (RHS) comemora sete anos e comprova sua força na luta pela democratização e humanização da saúde pública
   

Durante os sete anos de existência da Rede Humaniza SUS (RHS) ela se constituiu como um espaço vital de encontro, partilha de experiências e troca de informações em prol do “SUS que dá certo” e do “SUS que queremos” – duas expressões sempre presentes em seus blogs e posts.

Em um mundo ameaçado pela desumanização, a existência de uma rede social voltada para a humanização da saúde pública no Brasil é uma experiência inédita de socialização de conhecimentos e também de afetos, conforme destaca o médico sanitarista Ricardo Teixeira, professor da faculdade de medicina da Universidade de São Paulo e coordenador da rede.

No post de comemoração de aniversário, ele faz uma retrospectiva da rede e destaca o seu “modus conversandi”: “Existe uma predisposição coletiva a incluir e compartilhar, uma estética do respeito mútuo, uma política da amizade e da camaradagem.” Na visão dele, esse “regime afetivo” é uma das grandes contribuições da RHS, tanto para potencializar a ação coletiva quanto para formular uma cultura democrática do SUS na web.

Teixeira considera que a RHS, ainda que tenha sido proposta e patrocinada por uma política pública _ ela é um dispositivo da Política Nacional de Humanização_ acabou se constituindo com muita autonomia, já que os participantes se apropriaram dela: “Isso permite caracterizá-la como uma ágora, como um espaço de conversação e de diálogo qualificado, enfim, como a invenção democrática de um ‘espaço público’ extremamente original e singular.”

A VOZ DOS EDITORES E PARTICIPANTES

A vitalidade da Rede Humaniza SUS e sua importância na vida e no trabalho de participantes de todo o país  reflete-se nos posts comemorativos. Veja a seguir:
“Na RHS, tive a oportunidade de conviver com outros modos de fazer saúde e pude, em conjunto com o nosso coletivo de trabalho, desconstruir os modos tradicionais de fazer. A partir das boas práticas de cogestão e gestão colegiada compartilhadas nesta ágora, mudamos o nosso modo de gestão no HILP (Hospital Infantil Lucidio Portela) e melhoramos a qualidade de nossa produção de saúde.” (Emilia Alves, supervisora do Serviço Social e Coordenadora do Grupo de Trabalho do HILP  em Teresina, Piauí).

“A RHS cumpre primeiramente a função de encurtar as barreiras geográficas entre pessoas, projetos e práticas. (…)Conexão de diferentes modos de vida, sotaques e concepções de saúde. (…)A dimensão tecnológica de design colaborativo, estrategicamente escolhida, caminha lado a lado com usuários e editores/curadores, tornando o apoio uma forma de invenção de possibilidades numa parceria criativa.” Iza Sardenberg, Psicóloga na Clinica de Psiquiatria e Psicologia da Infância e Adolescência do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo.

“De vez em quando ouvimos pessoas falarem do quanto um texto aqui compartilhado foi importante para mudar de forma positiva o cotidiano do trabalho; ou então uma fala inspiradora nos comentários que motivou as pessoas a dispararem novos movimentos. Sabemos hoje que nossa rede faz alguma diferença no SUS. Sabemos que ela é capaz de interferir qualitativamente nos processos sem que haja uma vontade claramente posta para isso, fundamentalmente porque essa vontade coletiva se dá pela alegria, força, crítica e paixão de todos e todas que aqui colaboram.” Erasmo Ruiz, psicólogo e professor  da Universidade Estadual do Ceará

“E o que é essa Rede ? O que esta Rede representa? Representa uma teia.Representa laços. Representa trabalho.Representa sonhos.Representa realizações. Representa escuta. Representa Voz.Nas andanças da RHS descobri pessoas e seus mundos, compartilhamos momentos, músicas, vídeos, poesias e contos. Vi experiências e seus êxitos.Percebi ainda mais o valor de cada pessoa.”
Cristine Nobre, odontóloga e conselheira Municipal de Saúde de Pirpirituba/PB

“ Me sinto tão afetada por este coletivo e por este trabalho que as fronteiras do público e privado se confundem. (…) Quem pode ter este privilégio de trabalhar em algo que carrega os seus valores, alimenta a alma e dá sentido ao futuro, orgulha-se por escrever a trajetória de vida também como uma história social. Com os sete anos da RHS comemoro também sete anos da minha vida. Que bom ter vivido tudo isto nesta rede sem fronteiras.”  Patricia Silva, nutricionista e apoiadora da Política Nacional de Humanização em Blumenau, Santa Catarina.

“Comemorar sete anos é revisitar os belos momentos em que vivemos juntos nessa ágora, onde sinto prazer e encontro força para seguir a jornada de trabalho.” Claudia Matthes, psicóloga, especialista em humanização em Pejuçara, Rio Grande do Sul.
Para saber mais:

Leia aqui na íntegra o post de Ricardo Teixeira sobre os sete anos da RHS.

SUS na TV: Programa EspaSUS da TVT discute  o CiberespaSUS: programa EspaSUS da TVT debate movimento de redes sociais e blogs que abordam a saúde pública. Para assistir clique aqui

Para ver outros programas do EspaSUS, acesse o site

 

*Equipe de Comunicação e Jornalismo (PNH/MS)

*Jornalista Responsável: Sheila Souza

*Imagem da internet