Acolhimento

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Em uma atividade com o professor Gustavo, tivemos que buscar, aqui na #redehumanizasus , boas experiências com o acolhimento, Pelo menos para mim, foi um ponto bem difícil. Não sei se não soube buscar da forma correta, ou se, de fato, há poucos casos assim…

Sempre acompanho minha tia em consultas na policlínica de Taguatinga (DF), e lá, depois de entender e saber como funciona alguns aspectos do acolhimento, passei a perceber que pelo menos lá isso funciona bem. Apesar de não ter, por serem consultas pré-marcadas, aspectos para Acolhimento e Avaliação com classificação de risco, pude perceber que o acolhimento lá é bem diferente do que vemos nos hospitais e que pelo menos a parte de responsabilização no cuidado, a receptividade dos funcionários, inclusive dos médicos me surpreendeu bastante. Tem coisas que a gente só começa a perceber depois né? Hoje, fico avaliando e marcando o que acontece ou não.. 🙂 

Legal seria se todas as pessoas pudessem fazer o mesmo, as vezes elas nem entendem as cores das pulseiras… até porque, para quem vai atrás do serviço, sempre é um caso urgente de cor vermelha ou preta, se ela existisse hehehe. Muitas pessoas não entendem que uma febre branda, pode esperar mais do que um atropelamento ou infarto. Acho que a charge que eu coloquei ali encima, fala bem disso… as pessoas já vão esperando piorar… 

Nos relatos, quando procurei para o exercício que também citei, vi muitas pessoas (não vou me lembrar dos nomes e também não me atentei para colocar o link aqui, peço desculpas.), principalmente enfermeiras, falando que acham que o AACR não resolvia bem, porque um caso simples, como uma febre branda, pode virar uma convulsão séria.

De toda forma, acredito que, melhorando, é possível fazer com que o acolhimento seja mais do que (mais uma) bela teoria… mas para tal, ela precisa ser conhecida pelos profissionais (pois, muitos ainda pensam que é só uma pulseira, ou um sorriso), e também pela população, para que possam compreender que filas desnecessárias pioram ainda mais o sistema. 

Se as pessoas tivessem o acesso a uma unidade de atenção básica em horários fora do horário de expediente padrão (aqui no DF, funcionam até as 17 horas), elas com certeza iriam preferir não irem ao hospital. 

Referência: Acolhimento aos usuários: uma revisão sistemática do atendimento no Sistema Único de Saúde.  https://repositorio-racs.famerp.br/racs_ol/vol-15-2/iD%20253.pdf