8ª Conferência Estadual de Saúde de Minas Gerais

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No segundo dia dos trabalhos da 8ª Conferência Estadual de Saúde de Minas Gerais, os participantes foram inseridos aos conceitos de “Informação, Educação e Política de Comunicação do SUS”, com a sindicalista, professora e membro do Observatório do Controle Social do SUS/Betim, Berenice de Freitas Diniz (Berê).

Em sua apresentação ela propôs uma reflexão sobre a importância da comunicação nas ações políticas do controle social, capaz de dialogar com a sociedade e propor mudanças, mas que infelizmnete ainda não é prioridade na esfera pública. “As políticas públicas precisam sair do papel para se concretizarem e isso só é possível com a comunicação, que permeia a noção de debate público, com temas de interesse para a população e a garantia de informações cidadãs sobre a saúde”, disse.

Segundo ela, a informação é um dos recursos mais potentes para o controle do cidadão, o poder de comunicar, dialogar e debater com a sociedade gera empoderamento e confirmra a comunicação como base de sustentação do Sistema Únido de Saúde (SUS).

Porém, o ato de comunicar ainda é visto com timidez pelos Conselhos de Saúde e grande parte dos conselheiros, que não divulgam as ações e decisões tomadas. “Informar e comunicar fazem parte da tomada de decisões, gera transparência e interlocução com a sociedade, além disso, caminha junto com as diretrizes do SUS. Temos que entender que as pessoas não podem ser apenas destinatárias das mensagens e sim interlocutoras desse processo, levando em conta as diferenças, diversidade e as múltiplas vozes”, enfatizou.

Berenice foi enfática ao falar da necessiade de comunicar para que se tenha efetivamente a participação popular e democrática nas decisões da saúde pública e afirmou que mobilizar é “convocar vontades” para um bem coletivo e não apenas divulgar ações. “Mobilização deve ser permantente, transformadora e inclusiva para fortalecer o SUS, o resto é propaganda”.

Democratização da Comunicação

A palestrante reservou parte de sua fala para abordar a urgência da democratização dos meios de comunicação, que faz parte do Eixo Transversal da 15ª Conferência Nacional de Saúde, que será realizada em dezembro desse ano, como ponto de partida de acesso às diversas vozes da sociedade brasielira. “A comunicação não pode ser feita apenas por um grupo, de um dado território. Queremos uma comunicação de massa comprometida com a cidadania, o acesso à saúde, educação, aos direitos sociais e trabalhistas, que seja a realmente a voz do povo brasileiro”, afirmou.

Por Sílvia Amâncio

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