Relato da Visita à Unidade de Saúde em Vitória – ES

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Relato da Visita à Unidade de Saúde

 

Sou aluna do curso de Psicologia da UFES, e minha turma de Estágio Básico II recebeu a proposta de realizar uma visita à Unidade de Saúde mais próxima de casa e levar alguma demanda pra lá, ou seja se inserir naquele espaço de alguma forma. A princípio fiquei meio receosa porque já sou usuária daquela UBS e recentemente tinha realizado consultas e exames, não tendo portando uma demanda específica inicialmente. Mesmo assim, visitei uma Unidade Básica de Saúde no município de Vitória, Espirito Santo. De certa forma, já sabia como funcionava a unidade e os procedimentos para agendamento de consulta, também já possuía o cartão do SUS.

Me dirigi então a unidade de saúde com a intenção maior de perguntar a respeito do funcionamento e organização da Unidade. Primeiramente me identifiquei e perguntei a recepcionista se ela poderia me ajudar respondendo algumas perguntas. Ela me orientou a procurar a administração porque a prioridade dela era receber as pessoas que estavam chegando. Fui até a sala que ela me indicou onde estavam três pessoas que me responderam atenciosamente.

Me foi esclarecido que existe um Programa de Saúde da Família que eu sabia que existia, mas não conhecia om profundidade. Descobri que além de contar com um médico (clínico) a equipe conta com ginecologista, fonoaudiólogo, assistente social, psicólogo, educador físico e pediatra.

Descobri que o protocolo comum de quintas feiras, as 7.30h da manhã, começa o agendamento para médico e dentista. A atendente me disse que ela mesma questiona o paciente, investigando para saber se o usuário deve ser direcionado para o médico da família ou para o clínico geral. Não ficou claro pra mim como é feita essa distinção mas achei interessante o fato de ela questionar acerca do “problema” do usuário e direciona-lo a melhor opção possível. O que demonstra uma preocupação com o usuário e e suas questões, isso vindo da própria recepcionista.

Em relação as especialidades no geral, os usuários só tem acesso a partir do encaminhamento do clínico. No que se refere as especialidades como fonoaudiólogo, psicólogo, educador físico, etc (do PSF), estes não precisam de encaminhamento. As pessoas se dirigem a unidade de saúde e marcam o atendimento que é realizado na própria unidade. Isso pra mim foi muito interessante, além de novidade, saber que é possível marcar esse tipo de especialidade sem a necessidade de uma análise anterior de um médico.

Fui informada de que a unidade que visitei em particular possuía um ginecologista que atende também pessoas de regiões próximas, já que nem toda unidade de saúde possui um ginecologista.

Por fim, pude perceber que mesmo achando que sabia muita coisa sobre o funcionamento do SUS, pelo fato de ser usuária, sempre há novidades, talvez pelo fato que anteriormente ao ingresso na Universidade, morava em uma cidade do interior do Espirito Santo que tem um sistema diferente de funcionamento. E apesar de possuir suas questões, eu com certeza retornaria aquela unidade, não somente pelo fato de não ter um plano de saúde, mas sim pela receptividade das pessoas e a atenção que deram durante esse contato.

Rovena Milbratz