INTERNAÇÃO HOSPITALAR DE IDOSO: amarga experiência para famílias.

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Muito desgastante a burocracia da Unimed-Três Rios para liberar internação hospitalar de idosa com greves sintomas de doenças crônicas não transmissíveis (diabetes e hipertensão arterial sistêmica), Alzheimer, etc., ainda que se trate de cliente de primeira linha em termos de valores mensais pagos ao plano de saúde. Tendo no Hospital de Clínicas Nossa Senhora da Conceição a instituição hospitalar melhor equipada da Cidade, muito mais frequente do que se deveria, também, a falta de quartos no setor reservado para clientes da operadora Unimed. 
O que mais importa nesses momentos é que você esteja adimplente com a Unimed-Três Rios. Até porque será (des)considerada modalidade do serviço contratado, bem como menor importância será atribuída pela operadora para com seu conforto, segurança, tratamento recebido.
Sem estabelecer estrita relação entre as condições da capacidade instalada na rede hospitalar com o número de clientes da operadora de planos de saúde, é inevitável que esse tipo de transtorno se perpetue para a clientela. É uma simples questão matemática, na qual a capacidade contratada não comporta a demanda.
Estamos diante da mais absoluta ausência de fundamentos da logística, falta de planejamento, desrespeito aos direitos do consumidor, pois, paga-se muito e o retorno fica sempre a desejar. Na verdade, a Unimed segue fielmente o ritmo consumista estimulado pela lógica do mercado das operadoras de planos de saúde, na qual o que importa são estratégias expansionistas da sua clientela, com ganhos financeiros a custo do sofrimento alheio.
Lamentável também constatar perversas consequências da má qualidade da formação médica brasileira, em particular, quando as situações envolvem internações hospitalares de idosos e a inobservância desses profissionais quanto ao preparo da alta, respectivas orientações aos familiares acerca dos medicamentos prescritos para continuidade do tratamento em casa. Orientações diretas do “médico responsável” ou designadas a quem de competência na equipe, geralmente, enfermeiros.
Os membros da equipe médica e de saúde não mais atentam para o elementar princípio de que o compromisso com a clientela não termina quando a pessoa recebe alta hospitalar. É preciso maior envolvimento com o que as pessoas, no caso dos idosos, o que seus familiares, devem fazer para manter estáveis sinais e sintomas da doença/causa da internação. Afinal, trata-se de princípios éticos comuns aos profissionais de saúde.
Não se preocupam em orientar os familiares sobre esquemas de aplicação de insulina, por exemplo, sequer preparam prescrição desse medicamento para idosos que apresentaram quadro de insulinodependência durante período em que esteve internado. Sem considerar que os hipoglicemiantes orais, quando usados por longos períodos em idosos, acabam não surtindo efeito desejado, não mais agem estimulando a produção de insulina pelo pâncreas. Por isso, muitos idosos diabéticos acabam retornando ao hospital para começar tudo de novo, se expondo a infecções hospitalares, aumentando custos do tratamento, causando mais desgaste para as famílias, exclusivamente, por omissão da equipe de saúde.
Até quando teremos de lidar com tantas distorções quanto ao valor da vida do outro?
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