Sociedade e governos discutiram o mundo pós-crise no FSM – Bahia

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“Queremos parar de nos matar de trabalhar para construir coisas inúteis e destruir o planeta. Queremos priorizar radicalmente a melhoria da situação de um bilhão de pessoas que passam fome e de dez milhões de crianças que morrem anualmente de causas ridículas. Queremos a prosaica qualidade de vida, o prazer do cotidiano, em paz, para todos, e de forma sustentável.”
         Trecho do texto de referência do núcleo crises e oportunidades do FSM Bahia

Trago um pouco mais do que pude captar do Fórum Social Mundial Temático em Salvador e acho importante compartilhar com esta rede considerando que a mídia debruçou-se em fazer críticas, algumas delas coerentes, mas que, em sua maioria, tentam invalidar a importância destes debates.
Auditório lotado e intenso movimento no Hotel da Bahia em Salvador na manhã do dia 29 de janeiro. Para exposição e debate sobre o tema “Sul-Sul como alternativa”, compuseram a mesa: Jorge Beinstein – doutor em economia e professor das universidades de Buenos Aires e de Havana, Júlio Lopez Gallardo – professor da Universidade autônoma do México, Neide Patarra – pesquisadora da Unicamp e do IBGE, Carlos Lopes – representante do PNUD, Paul Singer – Secretário nacional de Economia Solidária e José Carlos dos Santos – IPEA.
O debate acerca das relações entre os países do Sul teve como eixo central a idéia de que uma crise como a vivenciada em 2008 pode trazer oportunidades para o surgimento de um novo modo de desenvolvimento no mundo.
Gallardo defendeu a articulação entre as  experiências dos países do Sul afirmando que a reconstrução de uma nova  economia  surgirá a partir delas. Jorge Beinstein  foi contundente ao declarar  que “há um declínio dos Estados Unidos; uma decadência da unipolaridade que amplia possibilidades e abre espaços à liberdade”.

Dentre as participações, destaco, a seguir, a de Paul Singer (em vídeo). Ao responder os questionamentos dos participantes, ele faz uma boa síntese do debate discorrendo sobre privatização dos bancos, questão social e economia, democracia e humanismo. Apesar de ser um tanto longo, vale a pena assistir: