Pra não dizer que eu não falei das flores: dos usuários, trabalhadores e Gestores

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(Delegação de Jaraguá do Sul)

Participei como Delegado na 7ª Conferência Estadual de Saúde de Santa Catarina, que ocorreu entre os dias 23 á 25 de setembro, em Florianópolis.

Estava no segmento dos Gestores, uma vez que a minha representatividade na etapa municipal de Jaraguá do Sul, se deu através de convite do  Instituto Federal de Santa Catarina, (IF-SC) órgão governamental onde trabalho á  02 anos.

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No primeiro dia da Conferência Estadual, recebi pelo Whatsapp a notícia de que o ministro da saúde seria substituído por alguém de outro partido, saúde virando moeda de troca é de certo uma forma de precarizar o SUS.

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Na programação da conferência teríamos 3 palestras com convidados do Ministério da Saúde… e adivinhem só,  eles não puderam comparecer pois surgiram impedimentos e convocações extraordinárias na última hora, daí colocaram pessoas para tapar buraco que fizeram aquelas leituras de power point que ninguém consegue acompanhar e fica todo mundo morrendo de sono e calor.

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(na companhia das Delegadas eleitas para a etapa nacional de Fatima Jorge Baeza e Denise Thum) 

O único convidado que tivemos Jair Brandão (Coordenador da Política Estadual de Atenção Integral á Saúde de Pernambuco)  brilhou ao palestrar sobre a Participação Social no SUS.

Nas falas e grupos de trabalho percebi a subjetividade da humanização que parecia uma palavra mágica que conseguia exprimir o desejo de ser mais ouvido e melhor atendido no SUS e na vida que atravessa os serviços e espaços de saúde.

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Plenária (Foto: Paulo Goeth)

O financiamento do SUS foi realmente o eixo mais discutido em Santa Catarina… tomara que não venham novos cortes por aí, pois dinheiro não é tudo, mas é fundamental para a efetivação das políticas públicas.

Pra não dizer que eu não falei das flores:Entre os pontos positivos da Conferência destaco que os movimentos sociais estão mais organizados na defesa do direito á saúde e ao SUS público, estatal e de qualidade, repudiando todas as formas de privatização e terceirização.

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Também destaco que a paridade de gênero aplicada para a escolha dos delegados na etapa nacional (50% homens e 50% mulheres) possibilitou a renovação e a quebra de alguns paradigmas, uma vez que historicamente nas etapas anteriores no segmento dos usuários geralmente os homens ocupavam quase todas as vagas e nos demais segmentos (trabalhadores, gestores, prestadores)  as mulheres ocupavam a maioria das vagas.

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   (Eu e as Delegadas de Joinville)

E adivinhem só? Não eu não fui eleito para a etapa nacional… (triste) Estando no segmento dos gestores temos menos vagas, então não deu.

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Mas minha mãe, Fatima Jorge Baeza foi eleita para a etapa nacional e com certeza o critério de gênero facilitou a vida dela, que representará os usuários de Santa Catarina na 15ªCNS.

Outra mudança positiva: A eleição dos delegados foi realizada e homologada no período da tarde, garantindo assim a participação efetiva de todos os delegados inclusive os do interior do Estado, que dependem de transporte com horários pré-determinados que não podem esperar o fim da plenária para ir embora. pois apesar da boa vontade todos sabem que esses grandes eventos geralmente se estendem para além do horário programado.

bete.jpg (Bete Vieira de Herval d’ Oeste e eu)                                                                                                                     

Encontrei e Reencontrei muitos amigos, companheiros e conhecidos nesse espaço de controle social, onde lutamos de muitas maneiras e falamos com vários sotaques nossas propostas para a manutenção e melhoria do SUS.

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(Conferenciando com Jeovane Faria)

Essa foi minha experiência e minha avaliação da 7ª Conferência Estadual de Saúde de Santa Catarina…