Democracia Cotidiana – COGESTÃO

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       A sociedade ao longo do tempo vem se organizando de maneira individualista, especialmente na área da saúde,o processo de trabalho é baseado no saber das profissões e das categorias especializadas, afetando diretamente a assistência, a continuidade do cuidado e a qualidade do serviço ofertado. 
      A Política Nacional de Humanização, vem com o desafio de propor a mudança dessa relação de trabalho, por meio de uma gestão centrada no trabalho em equipe, na construção coletiva (planeja quem executa) e em colegiados, análises, decisões e avaliações construídas coletivamente. Todos estes instrumentos são características de um novo modo de administrar – a Cogestão,  que inclui o pensar e o fazer coletivo, para que não haja excesso por parte dos diferentes corporativismos. Tais medidas tem como objetivo, promover a autonomia dos diversos sujeitos envolvidos na produção, garantir tanto a participação dos trabalhadores da saúde quanto ao usuário. Maior democratização nos processos de decisões, resulta em melhora no serviço prestado, pois a equipe se sente mais valorizada e motivada a promover ações eficazes para a realidade. 
     Vale ressaltar, que a cogestão não é restrita a participação dos trabalhadores, o usuário e seus familiares têm papel fundamental. A participação social, não pode ser restrita às instancias formalizadas de controle social e deve ser incentivada diariamente nas unidades de atenção do SUS.
    Estamos vivenciando um momento onde a democracia e todos os direitos fundamentais conquistados estão sendo atacados. De forma sorrateira, vem surgindo propostas e intervenções governamentais que descaracteriza todo o processo democrático construídos até aqui. Em todo tempo militamos por espaços democráticos em  instâncias governamentais superiores, mas será que em nosso próprio cotidiano somos agentes democráticos?