A pintura como método de expansão do conceito “fazer” saúde na Residência Multiprofissional

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E quando profissionais se redescobrem no trabalho multiprofissional em uma prática não convencional de atuação em saúde? Pois bem, o relato a seguir trata-se da primeira experiência no rodízio do programa da Residência Multiprofissional em Saúde Indígena do HU-UFGD. Ainda muito novas no que condiz trabalhar em trio, durante uma especialização e atuando em um espaço desconhecido por todas, ficamos o período de um mês na CASAI Dourados (Casa de Apoio a Saúde Indígena). Entre as atividades pré-determinadas pelo espaço em que estávamos atuando, sentimos a necessidade de interagirmos com o local, deixando de alguma forma algo que fosse ser útil para aquela equipe e pela população que lá transitava. Desse modo, construímos um espaço de lazer para as crianças. Pintamos uma parede para que a mesma torna-se o ambiente mais atraente para elas, trouxemos alguns brinquedos de doações e começamos a decoração do espaço. Este processo, no tempo curto que levou, nos convidou a repensarmos o papel da psicologia, enfermagem e da nutrição, refletindo sobre como cada uma de nós, em nosso trabalho individual ou no coletivo, poderíamos potencializar aquele local para promoção da saúde, tanto do público infantil, quando dos adultos atendidos por lá, e até mesmo para a equipe que permanece no local. Tal pintura e organização do ambiente contribuiu e tornou-se uma enriquecedora primeira experiência no programa de Residência em que estamos. Batalhamos para que continuemos nos questionando sobre como ampliar e renovar as formas de trabalhar com saúde.