Centro de estudos do Icict vai debater, nesta sexta (3), desigualdades no acesso à internet no país

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Teletrabalho, aulas a distância, cadastro para o recebimento de benefícios sociais. Busca por notícias de fontes confiáveis, encontros online com os amigos. A internet tem sido imprescindível para a vida social durante a pandemia do novo coronavírus. Mas não para os 52% de brasileiros das classes D e E que, segundo a TIC Domicílios, de 2018, não têm acesso à rede. Segundo a pesquisa, cerca de 42 milhões de pessoas no país nunca sequer usou a rede. Enquanto isso, o acesso à internet é quase universal nas classes A e B. Um fosso que, no contexto de nossos dias, intensifica ainda mais outras desigualdades históricas.

 

É este o tema do seminário online “Desigualdades do acesso à Internet: muito além da pandemia”, que acontece nesta sexta (3/7), às 15h, com transmissão pelo canal no YouTube da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz. O evento integra a série de debates virtuais organizada pelo Centro de Estudos do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz.

“Muitos de nós temos constatado como a internet é imprescindível ao isolamento social. Precisamos dela para acessar serviços públicos e bancários, estudar, se informar, se comunicar com parentes e amigos, e até mesmo fazer consultas médicas a distância. Mas os dados mostram que o acesso à internet no Brasil é um elemento concreto de desigualdade, principalmente nas áreas vulneráveis, que têm pouco acesso ou nenhum”, descreve Rodrigo Murtinho, pesquisador e diretor do Icict, que vai mediar o debate.

Os convidados do seminário são Marina Pita, coordenadora executiva do Intervozes (Coletivo Brasil de Comunicação Social); Carlos Afonso, diretor executivo do Nupef, instituto que tem como foco o uso da tecnologia para aprimorar a democracia e defender os direitos humanos; e Claudia Rose, professora de História, diretora do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (Ceasm), gestora da Casa de Cultura da Maré e coordenadora do Museu da Maré, no Rio de Janeiro.

Para assistir ao debate, basta acessar o canal do Youtube da VideoSaúde Distribuidora – www.youtube.com/VIDEOSAUDEFIO