CUIDANDO DOS CUIDADORES – UM PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR DE ACOLHIMENTO DOS CUIDADORES INFORMAIS

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Texto baseado no artigo: humanização em pesquisa

“Autores: Yumi Kaneko, Eliane Teixeira Leite Almeida”, Christian Campos “,Antonio Carlos Vazquez,Ana Maria silva,Patrícia Andrea de Lima maciel etal.

Revista: Bis –Edição especial

 

Autora resenha: Márcia B. Da Silva acadêmica do curso de psicologia-FISMA (Faculdade Integrada de Santa Maria) acadêmica do 4°semestre do curso de psicologia

Ao internar no hospital, o paciente e seu familiar passa por uma series de mudanças, sente-se limitado, passando por um momento de desconforto, sua vida torna-se a não ser mais a mesma, sua família acaba ficando totalmente desestrutura, a final não é nada cômodo viver nesse ambiente hospitalar, muitos familiares acabam não sabendo lidar com essa situação, tornando as suas vidas de cabeça para baixo, muitas não conseguem conduzir todo este momento sozinho, pois precisam de um apoio maior, buscando a ajuda de outra pessoa, o cuidador.

O cuidador deve estar em plena condição física e mental, o bem estar e o preparo do cuidador são necessários para a recuperação do paciente. Pois segundo estudos muitos cuidadores apresentam uma pobre comunicação médica, muitos não têm certo preparo na área da enfermagem, há certa falta de conhecimento sobre os cuidados do paciente. É importante citar também que o cuidador pode desempenhar um papel importante tanto na parte de amenizar as angustias dos familiares diante ao adoecimento; fazer com que os familiares aceitem o estado do paciente.

Em alguns hospitais a equipe da área da saúde teve a iniciativa de criar um programa para dar um suporte maior aos cuidadores informais que cuidam de pacientes que estão internados em hospitais, gerando um impacto positivo no atendimento aos familiares e cuidadores. Os encontros com os familiares são semanais, com a participação de diversos profissionais da área de saúde, criando certa rotina continua com os familiares.

Devido a esse projeto do grupo hospitalar houve muitos resultados positivos, dentre eles podemos citar alguns como:

Melhoram da aceitação da alta hospitalar, alguns familiares que haviam solicitado uma vaga no hospital, após participar do grupo de cuidadores, preferiu cuidar do seu ente querido em suas casas; participação dos cuidadores nas aulas e nos cuidados com seus familiares; os cuidadores passam a acolher melhor os pacientes; há preparação técnica e emocional dos pacientes.

O cuidador cada dia que passa vem enfrentando certa dificuldade, pois para cuidar do outro é preciso estar de bem consigo mesmo. É muito comum o cuidador se dedicar horas ao outro e esquece-se de si mesmo. Muitas vezes a entrega vai além dos limites físicos e emocionais e o cuidador adoece também. Pois muito dos cuidadores encontra-se em sofrimento e acabam não falando  do que estão vivendo para não sobrecarregar o doente.

Seria de extrema importância que todos os hospitais tivessem esse projeto que o autor menciona, em criar um grupo com equipes multiprofissionais, com psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas, para dar uma ênfase maior nesses cuidadores. Pois muitas vezes eles se encontram muito mais desgastados que o próprio paciente.

É importante salientar que um cuidador bem preparado e com uma boa saúde pode trazer diversos benefícios, como por exemplo:

Amenizar as angústias dos familiares, aproximarem a família do paciente da equipe médica, observar sobre as mediações que estão sendo usadas.