Estudantes do Curso Médico conhecem escolas e instituições e planejam ação em Presidente Prudente-SP

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A Faculdade de Medicina da Universidade do Oeste Paulista, UNOESTE, insere seus estudantes como membros de 7 ESFs no interior paulista. Os Facilitadores utilizam a Metodologia da Problematização para estimular a criação de Planos de Ação de acordo com a Epidemiologia de cada território de Saúde. Os acadêmicos, ao participarem das Reuniões de Equipe nas ESFs, capturam as Necessidades de Saúde da população moradora nas áreas adscritas às ESFs.

Os estudantes do 1º termo, em sua primeira atividade em campo na ESF Morada do Sol de Presidente Prudente, SP, além de conhecer a ESF e seus respectivos trabalhadores, realizaram uma visita juntamente com seu facilitador, em uma escola de nível fundamental, no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e na Casa da Sopa (instituição filantrópica do bairro que presta serviços à comunidade por meio de atividades educativas em geral). O objetivo do reconhecimento esteve relacionado à reflexão sobre quais intervenções podem ser realizadas de acordo com a demanda relatada pelo diretor ou coordenador de cada instituição. A ideia da visita está relacionada a estimular o estudante a reconhecer o Território de Saúde adscrito à ESF desde o início do Curso. A epidemiologia regional e as Redes de Apoio do bairro foram apresentadas aos acadêmicos. As demandas de saúde do território ligado à unidade vão sendo, aos poucos, reconhecidas pelos aprendizes. Com o objetivo de resguardar o princípio do Humaniza SUS da transversidade das ações de Humanização, todos os levantamentos realizados foram explanados na reunião de equipe. Os colaboradores da ESF consentiram e contribuíram com suas impressões em relação às análises coordenadas pelo Facilitador. Desta maneira o estudante entra em contato com o Eixo dos Processos de Trabalho em Saúde, de acordo com as propostas das Diretrizes Curriculares Nacionais de 2014, para o Curso Médico.

Para planejar localmente, faz-se necessário considerar tanto quem planeja como para quê e para quem se planeja. Em primeiro lugar, é preciso conhecer as necessidades de saúde da população. Condições de Vida, Acesso às Tecnologias que Prolongam a Vida, Vínculo da Equipe de Saúde com o usuário do SUS e Autonomia. O pressuposto básico do ESF é o de que quem planeja deve estar inserido na realidade sobre a qual se planeja. Essa ideia vai ao encontro do Princípio da PNH da Inseparabilidade entre Atenção e Gestão. Além disso, o processo de planejamento deve ser pensado como um todo e direcionado à resolução dos problemas identificados no território, de responsabilidade da unidade de saúde, visando a melhoria progressiva das condições de saúde e de qualidade de vida da população assistida.
Os estudantes consideraram como positiva a ação de reconhecimento das redes de apoio existentes no Território da ESF.

Referências:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação de Saúde da Comunidade. Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília. Ministério da Saúde, 1997.

Vieira MNCM, Panúncio-Pinto MP. A Metodologia da Problematização (MP) como estratégia de integração ensino-serviço em cursos de graduação na área da saúde. Medicina (Ribeirão Preto) 2015;48(3):241-8