Estudantes do Curso Médico realizam Ação de Promoção à Saúde para deficientes visuais em P.Prudente

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Acadêmicos do Curso de Medicina da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) são inseridos em sete Estratégias Saúde da Família (ESFs) nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado. Os Facilitadores estimulam a criação de Planos de Ação que emergem das Necessidades de Saúde encontradas nos territórios adscritos às ESFs. Um dos Planos de Ação desenvolvidos esteve relacionado à criação de ambientes saudáveis para um grupo de deficientes visuais ligados à Associação dos Cegos de Presidente Prudente.
Após a ação os Facilitadores utilizaram o Arco de Maguerez para refletirem sobre as práticas realizadas na Associação dos Cegos de Presidente Prudente com foco na Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com deficiência.
Estudantes consideraram que a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem uma definição para qualidade de vida como a percepção da pessoa de sua posição na vida, no contexto da cultura e do sistema de valores em que vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e percepções.
Facilitadores consideraram que a deficiência visual pode ser entendida como um impedimento na dimensão orgânica relacionado a enfermidades oculares que afetam o funcionamento normal da visão. Esse impedimento pode acarretar a ausência total da capacidade visual da pessoa, podendo ocorrer com ou sem a percepção de luz, podendo tambémherdada ou adquirida.
Acadêmicos consideraram ser complexa a análise de qualidade de vida em deficientes visuais. Essas pessoas ser avaliadas de maneira superficial, mas o foco da ação estava na Ampliação da Clinica, migrando do Modelo Biológico para o Biopsicossocial. A qualidade de vida e a deficiência visual são dois conceitos que podem sim estar interligados. Este fato foi comprovado quando, em um olhar mais crítico, os estudantes do Curso Médico da UNOESTE buscaram expandir o pensamento para centralizar em todas as perspectivas que propiciam à pessoa com deficiência, uma boa qualidade de vida, mesmo que ela diante de dificuldades. Facilitadores também consideraram a importância da realização de ações como essas, pois de acordo com o censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, no Brasil, mais de 35 milhões de pessoas possuíam algum tipo de deficiência visual.
Estudantes apontaram, nas discussões ocorridas no fechamento do Ciclo Pedagógico, que a Promoção à saúde está inserida em um novo modelo de atenção à saúde, que tem como objetivo a qualidade de vida das populações. Essas ações fazem parte de um conjunto de determinantes do âmbito socioeconômico, político, cultural e psicológico que influenciam a sociedade, não se restringindo apenas ao campo biológico.
Os participantes, acadêmicos, Facilitadores e Coordenadores da Associação dos Cegos consideraram como positiva a Ação de Criação de Ambientes Saudáveis desenvolvida no território de Saúde ligado à ESF.

Referências:
Avaliação da qualidade de vida de deficientes visuais.
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.scielo.br/pdf/reben/v69n1/0034-7167-reben-69-01-0072.pdf&ved=2ahUKEwjj_KicmvPhAhULK7kGHUzLC7cQFjACegQIAhAB&usg=AOvVaw1iLf6zyJlPlJbaV6T7YZ64
Consulta em 28 04 2019 às 13h 39min.