Estudantes do Curso Médico utilizam o “Teatro do Oprimido” para saúde da criança no PSE

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Acadêmicos do Curso Médico são inseridos em sete Estratégias Saúde da Família, nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado, como membros das Equipes Interprofissionais. Os facilitadores utilizam Metodologias Ativas como a Problematização para estimular a criação de Planos de Ação que pretendem criar ambientes saudáveis nos territórios de Saúde adscritos às ESFs locais.

Um dos Planos de Ação esteve relacionado à Atenção Integral à Saúde da Criança. Os estudantes médicos elegeram esse tema a partir de sugestões da equipe da ESF, após avaliação das Necessidades de Saúde das pessoas que residem no território ligado às Unidades de Saúde. Os facilitadores estimularam utilização do “Teatro do Oprimido” no Programa Saúde na Escola (PSE) com foco na Intersetorialidade, como princípio do SUS. O Teatro do Oprimido foi fundafo pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal e pode ser caracterizado como uma proposta artística e pedagógica destinada ao estabelecimento de atuação, debate, reflexão e transformação das pessoas que se relacionam com os “atores estudantes” por meio da ação cênica. Na proposta do teatro, o lúdico e o político estão relacionados e devem oportunizar possibilidades de aprendizado a partir das vivências. A divisão de papéis entre atores e espectadores faz com que os envolvidos participem, de maneira ativa, das cenas podendo até mesmo transformá-las.

Os acadêmicos se envolveram com as crianças, criando propostas de higiene e cuidado pessoal para os pequenos usuários do SUS. Após a execução do Plano de Ação os facilitadores organizaram uma reflexão na ação, com os coordenadores da escola, com acadêmicos do Curso Médico e com membros da equipes da ESF.

Os acadêmicos consideraram que, por meio dos exercícios e jogos, o teatro sugere a criação de cenas que levam à discussão de problemas sociais. O facilitador considerou que, para o autor Boal, a palavra exercício quer designar: os movimentos físicos, musculares, respiratórios, motores ou vocais que podem ajudar aquele que os realiza a (re)conhecer melhor o seu corpo. Acadêmicos consideraram que os jogos estimulam a expressividade do corpo na emissão e recepção de mensagens.

O grupo de executores entendeu que no teatro do oprimido, o corpo humano é um elemento muito importante. Dessa maneira, os jogos e exercícios precisam provocar prazer e também devem ampliar a capacidade de compreensão do ator e do outro.

Os participantes consideraram como positiva a ação de Educação em Saúde realizada no território adscrito à ESF.

Referências:

Teatro do Oprimido e Promoção da Saúde. Tecendo diálogos. Disponível em: https://www.google.fr/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.scielo.br/scielo.php%3Fscript%3Dsci_abstract%26pid%3DS1981-77462018005001102%26lng%3Dpt%26nrm%3Diso&ved=2ahUKEwjb0KC0xrHeAhXEipAKHbCGAaUQFjAAegQIAxAB&usg=AOvVaw0dId6Jqi1JV3rehDCXemSs&cshid=1541021157927. Consulta em 31 10 2018 às 18h 23min.