Humanização em uma unidade neonatal

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Olá pessoal, me chamo Giovana sou acadêmica do 4º semestre do curso de Psicologia da fisma- Faculdade Integrada de Santa Maria, este texto foi baseado na leitura do caderno do humanizasus- Humanização em perspectiva, com o foco na Humanização em uma unidade neonatal.

A Política Nacional de Humanização (PNH) entende a humanização como a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de Saúde, o programa de humanização pré-natal e de nascimento que é um dos apoios da PNH instituída pelo ministério da saúde em 2000, surgiu a Norma de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso, uma mudança do paradigma da atenção perinatal, onde as questões pertinentes à atenção humanizada não se dissociam, mas se complementam com os avanços tecnológicos clássicos. Este é um modelo de assistência voltado para o cuidado humanizado que reúne estratégias de intervenção biopsicossocial. Cuidado este fornecido pelo SUS para o bebe e os pais, incluindo inclusive toda a família, como forma de apoio, emocional e muitas vezes até mesmo financeiro, pois são fornecidas passagens para aqueles pais que não possuem condições financeiras.

A visita dos familiares, ao bebê na unidade neonatal, fortalece os laços afetivos da família com o bebê internado e o preparo emocional do irmãozinho (a), que ficou em casa à espera do bebe que não vem, minimizando manifestações psíquicas e comportamentais negativas das crianças frente ao nascimento de um irmão prematuro, a partir do acesso destes à unidade neonatal, desmitificando o ambiente da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e do estado clínico do bebê. Prematuridade pode gerar sentimentos de incompetência, frustração e culpa, podendo culminar no sentimento de incapacidade de desenvolver as funções maternas (Bagheto & Jacob, 2011). Muitas mães sentem-se culpadas pelo fato do bebê ter nascido prematuro com algum problema de saúde mais grave, pois não fazem o pré-natal adequado, quando o SUS fornece todo o atendimento e a assistência a mamãe e o bebê associa-se a isso o sentimento de impotência diante da internação do filho recém-nascido, podendo influenciar negativamente na relação mãe-bebê.

As visitas são monitoradas por um psicólogo duas vezes na semana, o psicólogo recebe os irmãos do bebê prematuro em uma sala individual, e com atividades lúdicas, onde é explicado e tirado qualquer dúvida sobre, incubadora, sondas, monitor, respiradores e etc. As mães relatam que as crianças conseguem compreender melhor a situação, como o afastamento da mãe em casa, das atividades cotidianas e também que a necessidade de atenção maior neste momento é ao recém-nascido. Mas infelizmente não é em todo o hospital que é possível ser realizadas estes tipos de condutas, O contato pele a pele, no Método Canguru, começa com o toque, evoluindo até a posição canguru. Inicia-se de forma precoce e crescente, por livre escolha da família, para que ambas entendam é prazeroso e necessário este contato mamãe e bebe prazeroso e suficiente. Esse método permite uma maior participação dos pais e da família nos cuidados neonatais. São várias as vantagens da posição: favorece o vínculo, E reduz o tempo de separação mãe filho; melhorando a qualidade do desenvolvimento Neurocomportamental e Psicoativo do RN de baixo peso; estimula o aleitamento materno; contribui para a redução do risco de infecção hospitalar; reduz o estresse e a dor.

Na uti neonatal existe um grupo de amamentação para as mães para instrui-las sobre a importância do aleitamento materno, dentro do grupo elas recebem diferentes tipos de atividades, como dinâmica em grupo, palestras, discussões com trocas de experiências entre as mães e esclarecimento de dúvidas sobre o aleitamento materno.

E quando o bebê vem a falecer? Há cuidados para os pais também? Sim, estes cuidados podem ser feitos mesmo com a ausência do psicólogo ou assistente social, eles recebem orientações para que se acalmem e consigam expressar suas emoções, pois a maioria dos pais neonatal são muitos jovens, o conforto da equipe neste momento é muito importante, pois  naquele momento o sonho de estar levando o filho para casa se desfaz, ,mas as vezes esta dor é amenizada, pois alguns bebes são possuidores de alguma doença ou anomalia, que faria com que futuramente possam vir a sofrer muito mais ,mas isto só o tempo é que vai fazer com estes pais aceitem a ideia de perda, O auxílio das enfermeiras nesses momentos ajuda também com que diminua o estresse das outras mães cujos bebês estão internados na UTIN, e da equipe perante o óbito, ao sistematizar uma rotina de atendimento, antecipando situações desagradáveis, que poderiam piorar ainda mais esse cenário. A equipe está sempre em busca constante de dar apoio, e atenção a estes pais de forma que possam suprir a carência afetiva que existe em cada um. Após vários estudos chegou-se à conclusão que o método canguru seria o mais adequado para unir mãe e filho (a), para que o recém-nascido sinta o afeto e o calor da mãe em uma forma de cumplicidade amor e carinho materno.