HUMANIZAÇÃO NA COMUNICAÇÃO DA PESSOA QUE CONVIVE COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA), COM UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS QUE POSSAM MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DO USUÁRIO DO SUS, NA FORMA MAIS GRAVE DA DOENÇA.

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A ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) é uma doença neurodegenerativa e sua incidência na população varia de 0,6 a 2,6 por 100.000 habitantes, descrita na Portaria nº 1151, de 11 de novembro de 2015. Trata-se de um distúrbio progressivo que envolve a degeneração do sistema motor em vários níveis: bulbar, cervical, torácico e lombar. A sobrevida média da ELA é de 3-5 anos. E o Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP), por meio de visitas domiciliares, passou a acompanhar uma família convivendo com ELA, do território de uma ESF do interior Paulista. Com a evolução e agravamento do quadro associada a não resposta aos medicamentos utilizados, iniciaram-se os cuidados paliativos. Os estudantes, estimulados pela facilitadora, com ajuda da Metodologia Ativa da Problematização, aplicaram os princípios do HUMANIZASUS tentando melhorar a comunicação entre o usuário do SUS com a família e com a equipe de saúde. Dessa maneira aplicaram o Princípio do Protagonismo e da Transversalidade das ações de humanização e juntamente com a equipe da ESF, elaboraram um painel com letras e palavras comuns para melhor qualidade de vida da pessoa que convive com a doença.
O objetivo da ação é avaliar a comunicação da pessoa que convive com ELA e utilizar instrumentos que possam melhorar a qualidade de vida do usuário SUS, na forma mais grave da doença.
Após algumas visitas domiciliares na residência do usuário do SUS, acometido por ELA, avaliou-se a necessidade de melhorar a comunicação entre o cliente, seus familiares, amigos e equipe de saúde. Foi elaborado então, um painel com letras e palavras simples como: “dor, comida, banho, banheiro” dentre outras, no qual, a partir da expressão da face, abertura e fechamento dos olhos, sinais foram sendo interpretados, facilitando a sua comunicação com pessoas do seu convívio diário. A doença já se encontrava em fase de evolução rápida, evidenciando a perda da fala e movimentos de membros superiores e inferiores do usuário SUS.
Para o Estudante de Medicina, atender ao usuário do SUS, com cuidados paliativos e de forma humanizada, se tornou uma possibilidade de criação de vínculos de respeito e confiança. Acadêmicos construíram um plano de ação que foi importante para auxiliar na comunicação com as pessoas do seu convívio. Para o usuário, notamos que houve diminuição do estresse e otimização da interação de forma harmoniosa entre equipe de saúde, cliente e familiares. Entendemos que a ação propiciou a criação de ambiente saudável no território de Saúde de acordo com a Política Nacional de Promoção à Saúde.

Referências:

Política Nacional de Promoção à Saúde. Disponível em: https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnps_revisao_portaria_687.pdf&ved=2ahUKEwiXptOuiIbcAhVEvZAKHWtgAD0QFjAAegQIARAB&usg=AOvVaw0smUFdkgt6yjKJTfaDY-qx Consulta em 04 07 2018 às 14h 57min.

Política Nacional de Humanização. Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://portalms.saude.gov.br/artigos/693-acoes-e-programas/40038-humanizasus&ved=2ahUKEwjcwrX3iIbcAhUFTJAKHbDzBQkQFjAAegQIBRAB&usg=AOvVaw2ziF63JbRgr39j-z_7wyk2 Consulta em 04 07 2018 às 15h22min