Humanização não pode parar!

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Realizamos nossa reunião regular por meio de Web Conferência. Foi muito bom podermos compartilhar com representantes de várias partes do Estado de SC as ações em favor da preservação dos direitos dos usuários e trabalhadores do SUS e também estratégias de combate e atenção ao enfrentamento do Covid 19.

Vejam abaixo as importantes contribuições dos participantes:

Ledronete (ESP SC): Abre a reunião dando as boas vindas, falando dos aspectos positivos da iniciativa e da ampla presença virtual dos participantes do colegiado. Apresenta o projeto ATENÇÃO À SAÚDE DO TRABALHADOR E NO TRABALHO EM TEMPOS DE COVID -19 que vem sendo desenvolvido pela ESp com apoio de várias entidades, inclusive apoio do colegiado. Com o objetivo de articular práticas, aproximando-as do (a) trabalhador (a) das unidades hospitalares da rede própria da SES-SC como forma de produção de saúde no trabalho e do trabalhador no enfrentamento da pandemia em tempos de SARS-COV-2 (COVID -19).

Patrícia (apoio PNH): reitera o propósito da reunião no sentido de trocarem experiências de humanização nos serviços de saúde em meio a pandemia de Covid 19

Regiane (HDWC Ibirama): Nós desenvolvendo capacitações para os trabalhadores das diversas unidades, fizemos um vídeo de paramentação, a psicóloga está atendendo profissionais que necessitam de auxiliar no tempo de Covid. Ibirama no momento não há pacientes confirmados ou suspeitos (mas o hospital é referência regional e de UTI). Tivemos o1 confirmado na uti que foi repatriado para clínica em Jaraguá do Sul. Em relação a humanização está sendo realizado na UTI ligação de vídeo, quando paciente tem condições de falar.

Daysi (HRHMG – São José): Aqui no Regional também não está sendo permitida visita. Só em casos específicos liberam acompanhante. Na UTI boletim presencial uma vez ao dia.

Raquel (IPQ – São José): No IPQ os pacientes que estão internados, não estão recebendo visitas. Os pacientes estão tendo dois dias da semana para fazer ligação aos familiares. Foi distribuído folder explicativo, está tendo atendimento aos profissionais pelo Psicólogo. CCIH, Educação Permanente e o GTH estão orientando aos profissionais sobre o uso de IPI.

Rodrigo (HGCR – Florianópolis): Aqui no HGCR está ocorrendo capacitação sobre o uso correto das EPIs e o tipo a ser usada em diferentes cenários.

Daysi (HRHMG – São José): Aqui no Hospital Regional também.

Ludmilla (APS SES – Florianópolis): Gostaria de saber do Hospital de Ibirama se há demanda de pop indígena na instituição, já que José Boiteux e Vitor Meirelles tem vocês como referência hospitalar.

Regiane (HDWC – Ibirama): Tem um enfermeiro na reserva que está realizando orientações em geral. Nem um caso suspeito na reserva.

Daysi (HRHMG – São José): O padre aqui do hospital não conseguiu entrar. Está me passando que vai trazer coral para cantar no pátio do hospital.

As atividades da central de penas estão suspensas

Patrícia (apoio PNH): A casa de apoio está funcionando?

Daysi (HRHMG – São José): A casa de apoio continua funcionando sim. Inclusive está chegando um grupo hoje.

Daysi (HRHMG- São José): A partir de maio provavelmente fará missa na capela, mas sem público. As demais religiões permanecem com atividades suspensas porque necessitam de público para as atividades e têm necessidade de ir até o paciente para as bênçãos.

Patrícia (apoio PNH): Como estão os cuidados de isolamento? Distanciamento, acho que seria melhor.

Daysi (HRHMG – São josé): Ele disse que estão tendo os cuidados.

Ivani (CEPOM, Conselho Estadual do Idoso Florianópolis): No CEPOM há trabalhadores afastados com suspeita de estarem contaminados com Covid 19. Familiar no grupo de risco, por isso ficou afastada do trabalho. Há problemas de fornecimento de EPIs, em especial as máscaras descartáveis. Um paciente agradecido pelo atendimento recebido decidiu retribuir doando máscaras para os trabalhadores do hospital.

Quanto às visitas está sendo permitido um visitante por paciente na unidade de paliativos por dia.

Quanto aos trabalhadores foram oferecidas férias e licença prêmio para os que são do grupo de risco.

No Conselho Estadual do Idoso (CEI) estão fazendo o acompanhamento das ILPIs onde há muitos idosos, que são grupo de risco para o Covid 19. Aconteceu o primeiro óbito do estado em uma ILPI (recanto do Arvoredo) no município de Antônio Carlos, o paciente apresentava co-morbidades e provavelmente o vírus foi levado por algum funcionário ou visitante. A situação neste serviço ficou muito complicada uma vez que rapidamente a VISA fez testagens e identificaram 7 casos e 1 óbito (o mesmo já mencionado) e mais 3 trabalhadores afastados com teste positivo. Posteriormente notificou se 4 óbitos. E a situação está se agravando pelo fato de não ter transporte público para os trabalhadores chegarem até o local. O CEI é um órgão fiscalizador e também se preocupa com a regularização das ILPIs, pois se estiverem irregulares não notificarão os casos se houverem. Ocorreu também um caso identificado em Balneário Camboriú com óbito. O CEI entrou em contato com a Pastoral da pessoa idosa, e manifestou sua preocupação com os idosos que moram sozinhos. E iniciaram uma campanha no site do CEI para doações de produtos para as ILPIs. Outra preocupação do conselho é que os ESFs prestem atenção as ILPIs que estão em sua área de abrangência. As ILPIs em geral contratam psicólogos para atendimento dos internos, e no momento estão prestando assistência por vídeo. O CEI lançou então com um vídeo no Youtube – Coletivo AcorDar – Mensagem de apoio do Conselho Estadual do Idoso https://www.youtube.com/watch?v=gXPmp-xi21k

Nilcéia (HTR Lages): Boa tarde, HMTR conta com enfermeiras do departamento de educação permanente na orientação e treinamento com as demais enfermeiras e setores e também com a equipe multidisciplinar para atendimento aos servidores. Aqui não está tendo atendimento religiosos. Estamos também com atendimento aos servidores pelo médico Dr. Jonas, todas a segunda feira. Temos uma médica oncologista Dra Maitê, tem feito palestra duas vezes por semana também para dar amparo ao servidor, “O cuidar de quem cuida”.

Juliana (macro Florianópolis): Na Macro a maioria está em trabalho remoto. Eu continuo dando apoio técnico aos municípios da região, orientando e passando informações relacionados ao Covid 19. Nesse momento surgiram muitas dúvidas dos municípios, como atuar com a pandemia, e seguimos com videoconferências sobre Covid e apoio as dúvidas dos municípios através do e-mail.

Ledronete (ESP SC): Na ESP as atividades estão paralisadas para o curso de especialização de enfermagem que já estava na fase de apresentação de TCC, que foi adiada para maio 2020 se houver liberação para tal. Já para a especialização em parceria com a ENSP Fiocruz as aulas estão suspensas por que os alunos avaliam serem importantes os encontros presenciais.

Magda (EFOS São José): Por enquanto as aulas estão suspensas. Alguns profissionais estão em trabalho remoto. Os alunos agora iriam para campo de estágio… o que é inviável neste momento.

Patrícia (apoio PNH): No médio vale do Itajaí os coletivos têm realizado reuniões virtuais para que os municípios da região possam se apoiar mutuamente e trocar experiências. Por exemplo o coletivo sobre humanização na gestação e parto e puerpério e o coletivo de aleitamento materno já se reuniram por WhatsApp. Cada município colocou como estavam mantendo os atendimentos às gestantes, puérperas e puericultura. Também trocaram orientações para cada grupo da população frente a pandemia de corona vírus.

Erick (ESF Rancho Queimado): Teve sintomas gripais, mas não foi testado. Ficou isolado, já retornou ao trabalho. Os testes ainda vão chegar ao município. Teme os assintomáticos. Relata também preocupação com os aspectos emocionais dos trabalhadores, receio de ser contaminado. No município houve dois casos notificados, mas que ficaram apenas em isolamento domiciliar e já estão bem. Tiveram acompanhamento diário por vídeo chamada. Os casos suspeitos (sintomas gripais, não confirmados) também são acompanhados remotamente. No município estão sem médico ginecologista, então o pré-natal está sendo realizado pelo médico do ESF e pelo enfermeiro do ESF. Estão tendo dificuldades para o acompanhamento dos usuários com Diabetes, hipertensão e idosos, especialmente os que necessitam de visita domiciliar. Tem buscado fazer atendimentos por telefone. Realizaram a vacinação dos grupos de risco para H1N1, e tem buscado evitar as aglomerações na unidade de saúde e tem recebido colaboração da população quanto a isto. Não registram casos de moradores de rua, apenas uma população flutuante que não ficam na cidade.

Luciana (NASF Gov. Celso Ramos): Existem 8 casos suspeitos. A chegada dos testes aumentou o número de suspeitos e também aumenta a ansiedade dos trabalhadores da saúde. A SMS tem um canal Alô Saúde para esclarecer sobre sintomas e acalmar a população. Foi passado para as equipes um vídeo com dicas da psicóloga sobre cuidados com a saúde mental durante a quarentena, outro vídeo da fisioterapeuta para cuidados com a postura. Há uma discussão sobre a liberação da testagem para os profissionais de saúde, há divergências sobre isso, estão exigindo que a pessoa tenha todos os sintomas clássicos para isso. Há alguns casos de moradores de rua que são atendidos na unidade de saúde, mas são poucos casos.

Juliana (SEMUS Blumenau): Em Blumenau foi feito fluxo de atendimento para usuários com suspeita de COVID, o mesmo fluxo usamos para os servidores. Esse fluxo é atualmente constantemente conforme as orientações do MS e evolução da doença no município. Foi feito cartazes educativos de como lavar as mãos. Servidores que tenham doenças graves, pessoas com mais de 60 anos, gestantes e lactantes estão afastadas do trabalho (isolamento social).

No Centro Especializado em Diagnóstico, Assistência e Prevenção (Cedap) de Blumenau, fizemos vídeos, para os profissionais (porque nem todos são profissionais de saúde, mas atuam na saúde), de como lavar as mãos e como se paramentar e desparamentar (ainda em março); mostramos como se coloca e tirar a máscara, os tipos de máscara e em quais situações usar cada uma delas toda semana conversamos com os servidores, em pequenos grupos, para atualizarmos eles a respeito de protocolos, atualizações dos protocolos existentes e para tirar dúvidas que por ventura tenham. Como temos 4 infectos trabalhando conosco é mais fácil tirar dúvidas e ter orientações mais corretas.

Patrícia (apoio PNH): Agradeço a participação de todxs e reitero a importância destes encontros e troca de experiências rica realizada hoje.

Ledronete (ESP SC): Valorizo muito este encontro de hoje e mais uma vez convido a todxs a participar da web conferência do dia 30 04 2020 as 930h.

Encaminhamentos:

*Grupos de humanização estarem atentos as questões de direitos dos usuários e dos trabalhadores de saúde.
*Promover uso adequado dos EPIs. Atentar para questões de saúde mental dos trabalhadores, e assistência em caso de adoecimento de perdas.
*Realizar ações de suporte para relaxamento dos trabalhadores nos intervalos preconizados em lei.
*Possibilitar vistas aos usuários mesmo que por vídeo, ou boletins informativos para que os familiares saibam do estado de saúde dos internados (especialmente em UTI).
*Notificação de todo e qualquer caso de violência identificado pelas equipes de saúde (População LGBT, mulheres, criança, idoso).
*Compartilhamento de experiências de humanização nos serviços de saúde através dos encontros do colegiado.
*Participação ativa nas Web conferências promovidas pela ESP SC (CIEPS) em atenção aos trabalhadores de saúde. Próxima será em 30 04 2020 as 930h neste mesmo canal de comunicação. O tema desta vez será uso adequado de EPIs.