Poema da higiene

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Das imundas fazendas
Que juntaram até sufocar
Bilhões de porcos e galinhas

Desses campos de concentração da vida
Para os quais os morcegos perderam suas árvores

E dos desertos verdes de soja e milho

Que roubaram da flora e da fauna seu habitat ancestral

Vieram os vírus mortais

Que nos fazem, desesperada e compulsivamente,
Lavar nossas mãos e filtrar o ar que respiramos