Programa de IST/AIDS – Reflexões

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Sou estaudante de psicologia na PUC-SP e tenho duas colegas da faculdade que realizam estágio em um SAE (de IST/AIDS), no qual se encontra um CTA (centro de testagem e acolhimento). No relato que elas me apresentaram sobre o serviço oferecido nesse espaço, que abrange a testagem rápida e o oferecimento de PEP e PrEP, alguns profissionais acabam por pouco acolherem os indivíduos que lá buscam cuidado.

Na busca de melhor descrição do programa estadual referente às ISTs/AIDS (anteriormente denomidado de DST), apresenta-se como missão “diminuir a vulnerabilidade da população do Estado de São Paulo às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e HIV/Aids; prevenir novas infecções; promover a qualidade de vida das pessoas afetadas, reduzir o preconceito, a discriminação e os demais impactos sociais negativos das IST/HIV/Aids, em consonância com os princípios do SUS.”(no site da Secretaria de Saúde de São Paulo https://www.saude.sp.gov.br/centro-de-referencia-e-treinamento-dstaids-sp/crt/sobre-o-programa-estadual-dstaids)

Questiono se seria provável, dentro da configuração social contemporânea, ter como responsabilidade a diminuição da vulnerabilidade e a redução da discriminação propostas, uma vez que dentro do próprio serviço essas questões não são trabalhadas.

Recorro a este post para, se possível, conhecer outras histórias que possam relatar experiências de desconstrução da discriminação nos dispositivos de saúde. Sei que o Brasil é muito destacado em seu tratamento do HIV, sendo referência mundial, no entanto me parece contraditório carregar esta conquista e manter preconceitos justamente por se tratar de infecções da esfera sexual (e considerada privada da vida).

Parabenizo a iniciativa da Rede e a possibilidade de compartilharmos experiências e dúvidas acerca do SUS!