A psicologia tem sido uma prática em ascensão dentro das Unidades de Terapia Intensiva desde a resolução nº 7/2010 do Ministério da Saúde, que qualifica o serviço de psicologia como assistencial. Até antes disso, é recorrente a publicação de trabalhos que ilustram em relato a prática da psicologia nesse contexto. Além de contribuir com a humanização do cuidado em saúde, o trabalho da psicologia na UTI potencializa o enfrentamento de pacientes e familiares no processo da hospitalização acolhendo o sofrimento. A maioria das internações se desdobram em vida ou sobrevida mas, a ocorrência de óbitos nesse setor é frequente, o que abre um campo de intervenção ao psicólogo para trabalhar com as consequências dessa realidade. A morte iminente nesse contexto provoca nos sujeitos (família e paciente) inúmeras reações como exemplo o medo, a negação, a barganha, raiva e depressão. Tais reações não possuem padrões ou cronologia específica sendo imprevisível e relativo a cada sujeito o modo de manifestação. É o psicólogo o profissional habilitado para conduzir e acolher cada uma dessas reações, possibilitando o enfrentamento e a simbolização de cada sujeito através de um trabalho singular, auxiliando também a equipe multiprofissional no manejo da família e do paciente acometido, contribuindo assim para uma prática interdisciplinar e humanizada.