“Rede HumanizaSUS – uma narrativa movida pela lógica da paixão”

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Olá a todos desta rede quente!

O que é habitar o lugar de um editor(a)/cuidador(a) na rede HumanizaSUS?

O que compõe essa disposição, abertura, essa sensibilidade, que se dispõe ao contato, interação, articulação e relacionamento, atravessadas, reconfiguradas, reinventadas pelo universo das plataformas e mídias sociais?

Desde 2008 se aventuraram alguns usuários intensivos dessa rede a tarefa de acolher, cuidar, receber, auxiliar, conversar, das mais visibilidade, chamar atenção, conduzir, ser guardião de um ethos comunicacional da amizade, da cordialidade, sem perder a crítica, o posicionamento, o diálogo, o debate com aqueles que são parte da RHS! Alguns desses usuários intensivos e promotores da atualização da consigna da rede em torno do tema da humanização em saúde se tornaram oficialmente parte de uma equipe denominada editores da RHS. (editores, curadores, cuidadores da rede)

Maria Luíza Carrilho Sardenberg, a Iza, foi um das que se aventuraram por essa jornada, e tomaram para si o gosto pelas atividades cotidianas dessa rede. Apaixonada pela aposta perturbadoramente inovadora de ativar redes, curar conteúdos, capilarizar as ações da política de humanização, desvendar ações de contágio e ativação de inteligência coletiva, e promover uma rede quente! Afetiva!

Iza caiu no pote, mergulhou, aderiu, grudou, rsrsrs! Quem a conhece bem, diria: ‘transbordou’!!!! ‘Rizomatizou-se‘ e inventou junto muito usos e modos de fazer em rede, nós de relevância, afetos, afetações, sensibilidades. Modos ízicos de produzir narrativas, comentários, relações!

Trilhar uma das grande apostas da Política Nacional de Humanização e do Movimento HumanizaSUS, que era a de produzir um plano de comunicação, um plano comum. A RHS como dispositivo de uma política pública em saúde, se propôs a promover uma espécie de ‘roda’ virtual de conversações, que pudessem por diferenças lado a lado para conversar e produzir no cotidiano e pelo cotidiano de experiências no SUS, um SUS que dá certo! Que aposta minha gente! Um dispositivo de transvesalização das relações de poder estabelecidas pela excessiva hierarquização da diferenças e impossibilidade de trocas em diferentes níveis de atribuição, responsabilizabilidade competências nos SUS. Uma grande Ágora aberta, como nos referíamos rede tempo atrás.

De certo que depois de mais de uma década nesse caminhar, e a propósito de uma especialização no curso de “Especialização em Psicopatologia e Saúde Pública da Faculdade de Ciência Médicas das Santa Casa de São Paulo”, Iza se colocou o desafio de produzir uma monografia sobre essa experiência. Aproveitando a feliz coincidência de ter como orientador Ricardo Rodrigues Teixeira, que dispensa apresentações, mas para quem quer saber mais ai vai também o link do perfil dele nesta rede.

Trago aqui a apresentação do resumo do trabalho como o escolhe narrar a autora.  Fico orgulhosa e agradecida de ter podido aprender e acompanhar de pertinho parte dessa trilha enquanto estive na equipe da RHS compondo com esse trabalho generoso e sensível da equipe de editores(as).

“Este trabalho versa sobre a experimentação da Rede HumanizaSUS (RHS), rede social aberta na internet ofertada pela Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde, desde fevereiro de 2008. Destaca-se, nessa experimentação: seu potencial como um dispositivo da política pública de humanização da gestão e do cuidado no SUS, as características do singular regime de sociabilidade e afetabilidade observado nas trocas que se dão na RHS e, em especial, a importância da chamada “função curatorial” para explicar algumas dessas suas características singulares. Baseia-se na narrativa da experiência pessoal da autora como usuária e editora da RHS ao longo de uma década, em diálogo com uma produção científica e filosófica significativa sobre o assunto e procurando explicitar a aposta ético-estético- política do trabalho de curadoria.”

Aproveitem o caminho proposta pela querida Iza, para habitar este eterno ‘construir de mundos’, em meio a essa rede que comporta tanta plasticidade e multiplicidade em seus modos de ocupação.

AbraSUS a todos e um agradecimento especial a querida Iza e aos nossos eternos editores/cuidadores e desenvolvedores da Rede HumanizaSUS pela dedicação, investimento, generosidade.

<3

clique aqui e acesse a monografia