Residência Médica: Contribui para a melhoria do atendimento nos hospitais públicos

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O paciente kelinton Ricardo Santos, 30 anos, está internado para tomar medicação porque sofre da doença crônica de Crohn e, constantemente, precisa de internação no Hospital Getúlio Vargas (HGV). Ele recebe os cuidados diários dos médicos residentes que estão sempre presente no Hospital. Assim como Kelinton, todos os dias, os pacientes são assistidos por médicos residentes e preceptores que desenvolvem um trabalho com qualidade e humanização.

No último dia 16 de abril, 29 novos médicos residentes ingressaram no HGV para atuarem em 10 Programas de Residências Médicas.  Hoje o Hospital possui 34 médicos residentes circulando nas clínicas e centro cirúrgico e 58 preceptores que os acompanham.

Para a coordenadora dos Programas de Residências Médicas do HGV, Jozêlda Duarte, o diferencial de um hospital possuir residências médicas é a qualidade no atendimento e o volume de pacientes assistidos. “Primeiro na qualidade do atendimento, no sentido de que esses programas de residências têm uma exigência do ponto de vista acadêmico, existem preceptores envolvidos tanto no ensino, como também, na realização dos procedimentos”, explica Jozêlda.

O segundo ponto, segundo a coordenadora, é o volume do atendimento. “A partir do momento que se tem um maior número de especialistas realizando cirurgias, consultas, aumenta o volume de pessoas atendidas”, explica Jozêlda Duarte.

Para Jozêlda, outra vantagem do Hospital possuir residentes é a melhoria do acesso à população às especialidades. “Porque são médicos especialistas, com conhecimento, com envolvimento e que a população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) possui dificuldades em ter acesso a esses especialistas, que vem somar e com um diferencial, de possuir a qualidade no atendimento”, explica a coordenadora.

O médico residente, Arthur Henrique, diz que a residência ajuda no acompanhamento e diagnóstico dos pacientes com qualidade e agilidade. “Fazemos atividades diárias, acompanhamos a evolução e o tratamento dos pacientes que vem de todo o Estado do Piauí e de Teresina para o HGV, porque o hospital agrega todos esses doentes e nós, residentes, junto com os preceptores fazemos o acompanhamento desde o diagnóstico até o tratamento. A importância consiste na qualidade do atendimento, além do acompanhamento ser melhor, encurta o tempo de internação hospitalar”, explica o médico, que cursa o segundo ano de Residência no HGV.

O R3, Viny Brito, destaca que dentro do SUS, existe uma grande demanda de múltiplas morbidades dos pacientes, então a assistência especializada é muito importante no Estado. “O treinamento para criar um médico especialista é bastante longo e dispendioso. Então ter essa oportunidade aqui dentro do estado, principalmente na capital, é essencial para o bom funcionamento do Sistema de Saúde. Diariamente, sempre sob a supervisão dos preceptores, avaliamos e conduzimos os pacientes das enfermarias e de outros hospitais conveniados com a residência médica”, explica Brito.

Segundo ele, a assistência nos hospitais que possui residência médica é melhor, pela presença de uma maior equipe e pela presença dos profissionais durante todo o dia. “Com certeza melhora o auxílio aos pacientes”, destaca Viny Brito.