Visão da familia perante á membros dependentes de substâncias psicoativas

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Olá, me chamo Andrey Pereira, tenho 21 anos e sou acadêmico do curso de Psicologia, na Faculdade Integrada de Santa Maria (FISMA) e estou no 4º semestre do curso, e por meio deste post trago o assunto referente á visão das famílias em relação á membros que são dependentes de substâncias psicoativas.

 

Relações familiares se constituem por laços e interesses culturais que envolvem a família como um todo, porém, quando um indivíduo começa a seguir um caminho que vai contra os interesses culturais do grupo, algumas complicações e questionamentos podem aparecer. Um grande impacto pode surgir na relação familiar como por exemplo, algum parente fazer o uso de substâncias psicoativas.

Esse impacto pode ocasionar impasses em conflito emocionais, saúde psíquica e física e até mesmo problemas financeiros, para ambos os lados, tanto na questão da família que é contra o uso de substâncias psicoativas e o parente usuário, mas a maior aflição se encontra no sofrimento pela forte ligação afetiva, além do sentimento de culpa pela família, cobranças pela sociedade como corresponsáveis pela educação e formação dos filhos dependentes dentro de uma dimensão cultural, e até mesmo pelo outro lado, do usuário de substâncias psicoativas, por sentir certo julgamento pelos seus atos, tanto como pela sociedade e da família, o que se torna mais complicado para o usuário em alguns fatores. De certo modo, perante a todo dinamismo que pode ser sucedido, há construções de crenças dentro da família grupal em relação ao funcionamento familiar, compartilhando com os mesmos.

As crenças das pessoas norteiam elas no meio em que vivem, nos dando direção á escolhas, maneiras de agir e comportamentos de reação perante a situações que podem surgir no cotidiano, assim, o relacionamento entre os indivíduos em relação a suas crenças, permite realizar ações como fortalecer ou enfraquecer seus laços.

A maneira que uma pessoa pensa, em relação a dependentes de substancias psicoativas, pode aumentar as possibilidades de conseguir certa solução, havendo uma diminuição no sofrimento, ou ao inverso, diminuindo as possibilidades e aumentando o sofrimento, pensamentos como “meu filho é um drogado e nunca vai sair dessa”, podem potencializar atos e atitudes que não irão ter soluções positivas e o sofrimento será intensificado por exemplo. A questão é que o modo de crença da família pode desencadear conflitos desafiadores, ou abrirem espaço para a recuperação do indivíduo.

Há certos desafios que não podem deixar de serem mencionados em relação ao o que as famílias contemporâneas vivenciam, como por exemplo, preconceito social, falta de informação que pode desencadear muitos tipos de crenças carentes perante algum assunto em especifico, emoções negativas e problemas de comunicação dentro do grupo familiar.

De certo modo, crenças estigmatizadas podem levar a soluções mais complexadas e negativas para ambos os lados, portanto, diálogos entre todos os membros da família sempre são bem vindos, mas o preconceito não pode estar presente, para que assim, novas crenças positivas e objetivos de vida tanto para a família quanto para o usuário sejam aceitos e colocados em prática, e além disso, a esperança se fortalece quando o otimismo está presente na família, assim a autoconfiança dos familiares pode se potencializar havendo pensamentos positivos para o enfrentamento do problema.

 

REFERÊNCIAS:

ZERBETTO, S. CID, J. GONÇALVES, A. RUIZ, B. As crenças de família sobre dependência de substâncias psicoativas: estudo de caso. Cad. Bras. Ter. Ocup; São Carlos – SP, v. 26, n. 3, p. 608 – 616, 2018.