Oficinas Terapêuticas Feito a Muitas Mãos/Construindo no CAPS
O ano está acabando e antes que venha o Natal eu gostaria de registrar aqui o encerramento das Oficinas Terapêuticas: Feito a Muitas Mãos/Construindo no CAPS que dentre outras atividades, essas oficinas, ganham um destaque especial, pois constituem uma das principais formas de tratamento oferecida."
Nesta postagem darei ênfase à Oficina de Tapeçaria, que foi inicialmente proposta por estagiárias do curso de Serviço Social e vem sendo desenvolvida desde o mês de maio de 2013, acontece todas as tardes de segunda-feira com duração aproximada de 2h, sendo aberta a todos os usuários que queiram participar.
De acordo com a Assistente Social Luzia Delfina da Silva "As oficinas terapêuticas são permeadas por atividades construtivas, tendo por objetivo alcançar a particularidade de cada caso, e melhorar a auto estima que favorece a reabilitação biopicossocial, a interação entre os participantes do grupo e o resgate de suas habilidades motoras favorecendo também a sua inclusão social."
Uma parte dos produtos produzidos nessas oficinas é destinado aos usuários, á decoração do próprio CAPS e a outra parte é vendida a preços simbólicos no Brechó e Bazar cuja renda é revertida na compra daquela matéria prima que nem sempre é fornecida pela prefeitura, ou em passeios e outras atividades que beneficiem os usuários.
Na foto acima o seu Osny está finalizando um tapete para dar de presente à sua esposa… isso é uma das melhores coisas que acontece nesse tipo de oficina, principalmente perto do Natal, fazemos arte e podemos presentear as pessoas que nós amamos com um produto feito á muitas mãos, as nossas mãos…
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Teus posts nos alegram sempre por trazer uma aproximação bem concreta em relação aos princípios da política de humanização.
Há quem considere, inadvertidamente, que o "verdadeiro" tratamento do sofrimento psíquico se dá pela mediação da palavra. É claro que ele passa por essa mediação, mas muitas terapias linguageiras não tocam nem na fronteira da potência dos dispositivos artísticos. Todo homem é capaz de arte, se pensarmos no dispositivo, mais do que em alguns blá-blá-blás vazios de potência de transformação subjetiva.
O que mais vemos por aí são terapias ortopédicas, aquelas que desejam "ensinar" o que consideram o "bem viver" aos pacientes. Nada mais violento e desrespeitoso em relação às tentativas de saída dos impasses vividos pelos pacientes.
Lembremos também que a experimentação do lugar de potência que as artes nos dão são muito menos passíveis de serem colonizados como a linguagem.
Iza