Até 2050, doenças cardiovasculares devem provocar 1,5 morte a cada 60 segundos no mundo
Somente no Brasil, os óbitos provocados por problemas cardiológicos atingem, atualmente, cerca de 390 mil por ano, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, e devem crescer cerca de 250% até 2040. Especialistas alertam para a importância na mudança de hábitos e a realização de checkups regulares
Brasília, 27 de setembro de 2016 – No dia 29 de setembro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) comemora o Dia Mundial do Coração com um alerta: a cada ano, cerca de 15 milhões de pessoas morrem em consequência de problemas cardiovasculares, número equivalente a 30% do total anual de óbitos no planeta. Segundo a Federação Mundial do Coração, as doenças cardiológicas superam, até mesmo, as mortes por malária, HIV/Aids e tuberculose. Para a OMS, até 2050, a tendência é de que esse número aumente para 1,5 morte a cada 1 minuto.
No Brasil, as mortes por conta de doenças do coração atingem em torno de 394 mil brasileiros todos os anos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Outras pesquisas da OMS, centralizadas ao Brasil, mostram números ainda mais preocupantes: até 2040, o número de mortos por doenças cardiovasculares deve crescer em torno de 250%.
Já no Distrito Federal, os dados têm aumentado de forma significativa nos últimos cinco anos, de acordo com a Secretaria de Saúde do DF. Em 2009, 2.896 pessoas morreram vítimas de infarto agudo miocárdio, derrame cerebral, arritmias cardíacas e de doenças hipertensivas. Em 2012, esse número subiu para 3.040, ou seja, um crescimento de 5%. Ainda não há dados atualizados nos anos de 2013, 2014 e 2015.
A Federação Mundial do Coração (na sigla em inglês Word Heart Federation – WHF), informa que 80% das doenças coronarianas no mundo podem ser evitadas somente com medidas preventivas aos fatores de risco que levam às condições patológicas. “Investir recursos para a promoção do esclarecimento da população significa redução de gastos futuros com a saúde”, avalia o coordenador de Cardiologia do Hospital Santa Lúcia e membro do Fellowship of American College of Cardiology, Dr. Lázaro Miranda, que também é conselheiro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Segundo o profissional, a cada R$ 1 gasto em campanhas, a economia no tratamento no futuro pode chegar a R$ 4. “Se houver investimento em prevenção, é possível deixar de ocupar leitos hospitalares no futuro, sejam públicos ou privados. Não ocupando esses leitos, a demanda fica por conta das demais patologias”, explica Lázaro.
Principais causas – Segundo estudos da WHF, o consumo do tabaco é a segunda maior causa para o surgimento de doenças coronarianas (o primeiro é a hipertensão arterial). Atualmente, cerca de 17% da população adulta se declara fumante, um número bastante expressivo. Na década anterior, a porcentagem era de 34%. A redução nos números de tabagistas no Brasil se dá, principalmente, devido a campanhas e às leis que protegem a população não-fumante. “Além das doenças cardiovasculares serem provocadas e/ou pioradas pelo hábito de fumar, você tem vinculado ao fumo 4 mil substâncias nocivas à saúde que também desencadeiam outras doenças como o câncer, doenças vasculares periféricas, degenerativas, pulmonares e obstrutivas”, informa o diretor de pesquisas da Sociedade Brasileira de Cardiologia e coordenador de Cardiologia do Hospital Prontonorte, Dr. Fausto Stauffer.
Outros fatores de risco para doenças cardiovasculares são verificadas através das taxas de gorduras sanguíneas. A combinação elevada de colesterol e triglicerídeo é considerado o terceiro maior fator para o surgimento de doenças do coração. “O indivíduo que já tenha uma predisposição e vive uma vida estressante, vira uma vítima fácil das doenças cardiovasculares. Sem falar no diabetes, que permeia todos esses aspectos. O açúcar elevado no sangue é uma condição de alto risco para doenças cardiovasculares”, reforça Stauffer. A recomendação é para que os indivíduos sem histórico familiar e doenças associadas façam o checkup regularmente, dependendo da necessidade médica. Já aqueles que constataram em exames preliminares algum risco cardíaco, a indicação é visitar regularmente um cardiologista para acompanhamento dos sintomas.
Por Colegiado Gestor do HILP
Oi Rafael,
Que bom que você trouxe essa informação. Difícil encontrar um idoso que não seja acometido de algum tipo de doença cardiovascular. Mobilizar a população para um maior conhecimento sobre as doenças associadas ao coração, sem dúvida, é a melhor forma para a prevenção e o controle dessas doenças.
Uma data de tão importância como esta deveria ser amplamente divulgada. Não vi nada sobre o assunto nos meios de comunicação.
Agradecemos a pulicação do post neste espaço!