Descrição
Pioneiro no país na modalidade Lato Sensu, o curso de Especialização em Humanização da Atenção e Gestão do SUS foi promovido por meio de parceria3 de cooperação técnica entre diversas instituições. Em seus objetivos, destaca-se a formação de apoiadores institucionais - trabalhadores de saúde - capazes de compreender a dinâmica da produção do processo saúde-doença-atenção e intervir sobre problemas de gestão e processos de trabalho com soluções criativas, tomando, por referência, os aportes teórico-metodológicos da Política Nacional de Humanização (PNH). Considerando seu caratér de curso-intervenção, reuniu trabalhadores da rede de saúde de vários municípios e regiões do Estado, e esteve estruturado em encontros presenciais e atividades de Ensino a Distância (EaD). A estrutura organizativa do curso contou com o trabalho dos formadores e do apoio pedagógico desempenhado pelas alunas do mestrado, com a finalidade de dar suporte ao processo de ensino-aprendizagem durante o percurso de formação- intervenção dos alunos/apoiadores. Na metodologia de formação da PNH, a denominação dos alunos é substituída pela de apoiadores institucionais, os quais são agrupados por Unidades de Produção (UP)4 que têm, segundo Campos (1998, p.156) “[...] composição multiprofissional e englobam todos os envolvidos com a produção de um certo resultado ou de um certo produto claramente identificável”. No curso em questão, as UPs foram constituídas por profissionais de diferentes formações que tinham em comum a realização de intervenções em seus respectivos locais de trabalho. Cada UP correspondeu a uma turma e congregou em torno de dez apoiadores institucionais de determinada região do estado. A partir da metade do curso, foi se constituindo uma nova configuração de agrupamento, para além do território geográfico restrito às UPs. Ao realizarem um primeiro esboço de seus planos de intervenção, os apoiadores deveriam eleger alguns dos dispositivos ofertados pela PNH, com base na análise dos cenários locais de saúde de suas regiões, solicitados no início do curso. Assim, cinco novos “grupos” passaram a compor o ambiente de aprendizagem virtual5 utilizado: acolhimento, clínica ampliada, cogestão, saúde do trabalhador e Grupo de Trabalho em Humanização. Estes foram os eixos/dispositivos escolhidos para disparar os processos de intervenção nos municípios. Os grupos se constituíram então pela afinidade entre os dispositivos utilizados pelos apoiadores em suas intervenções (Paulon, Carneiro, 2009).