Descrição
O artigo analisa a produção de redes como um dos efeitos de processos de formação de apoiadores desenvolvidos pela Política Nacional de Humanização (PNH) em três estados brasileiros. É parte de avaliar os efeitos produzidos por processos de formação de apoiadores institucionais nos territórios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo A trajetória metodológica para a colheita dos dados foi efetuada em vários tempos e modalidades: Planos de Intervenção (PI’s) desenvolvidos pelos apoiadores e apresentados ao final do curso em 2009; Questionário Eletrônico (QE) enviado aos apoiadores ao final de 2012; Grupos Focais (GF) ou Entrevistas (coletivas ou individuais) (ENT) realizados em 2013 e 2014. Por último, os principais achados foram discutidos em grupos temáticos desenvolvidos durante o Seminário Nacional (SEM) de devolução dos resultados da pesquisa, em maio de 2014. Os temas foram agregados em três ênfases: a) produção de redes como efeito do processo de formação: quais redes?; b) redes como articulação, parcerias e fluxos; c) grupalidade e as Unidades de Produção (UPs) para a Formação e Fomento de Redes. A análise indica que a organização dos cursos em Unidades de Produção produziu grupalidade e induziu a articulação de ações nas regiões. A ideia de uma REDE da PNH, mais presente nos Planos de Intervenção, foi dando lugar à utilização de metodologias de apoio para coletivos identificados nas redes regionais, perspectiva mais presente na narrativa da ação dos apoiadores.